Fotografe - Edição 278 (2019-11)

(Antfer) #1

grande angular com o menor comprimento
focal (como uma 14 mm).
O tempo de exposição deve ser entre
15s e 30s, dependendo da luminosidade
da lente, e o ajuste deve ser mantido na
maior abertura possível (como f/2.8). O white
balance deve estar ajustado entre 3.500 e
4.500 Kelvin, diz ele. Para evitar que a câmera
trema no momento da captura, recomenda
disparar a câmera via cabo ou controle
remoto. Deve-se fazer um teste, conferindo
a composição da cena e o histograma da
imagem para evitar imagens subexpostas.
Como fazer foco na escuridão é uma
dúvida muito recorrente, o especialista
conta que, se houver um assunto em
primeiro plano, o foco deve ser feito nele,
porém, quando o tema for apenas o céu, o
foco é feito no infinito (verifique a posição
correta na lente, pois isso varia de acordo
com o modelo). “Uma maneira bem simples
de fazer o foco em ambientes muito
escuros é iluminar o assunto em primeiro
plano ou posicionar uma lanterna contra a
câmera, usar o sistema de autofoco na área


iluminada e depois passar para o manual
para travar o foco antes do disparo”, explica.
Outro método usado por Portella é fazer
o foco por meio da distância hiperfocal. De
uma forma bem simplificada, a distância
hiperfocal é a distância de foco que oferece
a melhor profundidade de campo, ou seja, a
distância em que a maior parte da imagem
estará nítida. Segundo ele, é possível
encontrar a distância hiperfocal necessária
usando uma Tabela DoF (Depth of Field) ou
com algum aplicativo, como o PhotoPills,
muito mais prático e muito bem ilustrado.
Isso permite que se trabalhe de forma mais
precisa e prática, obtendo uma imagem
nítida do primeiro plano até o fundo.

Exemplo de rastro
das estrelas em
que o primeiro
plano foi iluminado
com a técnica
de light paiting,
feito com lanterna
superpotente

Combinação criativa
do rastro das estrelas
com o rastro dos
faróis de automóveis

Fotos:

Marcelo Portella
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