72 ADEGA >> Edição^169
Ninguém menos que Mariano García, o homem
por trás de Vega-Sicilia por 30 anos, é o responsá-
vel por criar este ícone instantâneo que é Aalto.
Em 1999, um ano depois de deixar a mais cé-
lebre vinícola de Ribera del Duero (e provavel-
mente de toda a Espanha), ele se juntou a Javier
Zaccagnini para criar Bodega Aalto. De oito vi-
nhedos históricos espalhados pela região de Ribe-
ra, García seleciona o que há de melhor da Tinto
Fino (Tempranillo) para produzir apenas dois
vinhos: Aalto e Aalto PS. O PS significa Pagos
Seleccionados, lembrando que Pagos se referem
aos principais vinhedos da região.
Falando em significados, Eduardo Ferrin, di-
retor geral da vinícola, afirmou que o nome Aalto
deve-se ao arquiteto finlandês Alvar Aalto, um dos
Depois
de passar
30 anos
comandando
Vega-Sicilia,
Mariano
García
criou Aalto
principais expoentes da arquitetura da primeira
metade do século XX, mas também foi uma esco-
lha pensada para que o vinho sempre encabeçasse
as listas. Ferrin contou ainda que verticais de Aalto
são raras, mesmo na vinícola, então o Internatio-
nal Tasting foi uma grande oportunidade.
Não se deixou de notar o estilo de Mariano
García, mas Ferrin fez questão de frisar: “Maria-
no não gosta de fazer vinhos perfeitos”. Sobre o
uso da madeira, sempre uma vertente dos grandes
tintos espanhóis, ele pontuou com propriedade:
“A madeira é um veículo. Nós mantemos a nossa
filosofia sempre. Nossos vinhos se esgotam todos
os anos, então não há por que mudar”. Ele ainda
deixou no ar uma possível novidade para o futuro:
“Pensamos em fazer um branco”.
AALTO