20 de novembro, 2019 13
só as caronas salvam
Para o Ceo e um dos fundadores do aplicativo Waze, que auxilia motoristas a se guiar pelas
cidades, o trânsito caótico será solucionado apenas se as pessoas compartilharem carros
jennifer ann thomas
O ecOnOmista e cientista político
israelense Noam Bardin comprou para
si um desafio e tanto: solucionar o tra-
vado trânsito das metrópoles. O início
de sua empreitada se deu em 2008,
quando lançou o aplicativo Waze, com
o objetivo de mapear com eficácia as
ruas das cidades de Israel. Em 2011, o
projeto se expandiu e o programa se
transformou no que conhecemos hoje:
uma mescla de GPS com funcionalida-
des de redes sociais: os próprios usuá-
rios alertam se há trânsito (ou outros
problemas) nas vias. Dois anos depois,
o sucesso chamou a atenção do gigan-
te americano Google, que comprou a
startup por cerca de 1 bilhão de dóla-
res. Hoje, 115 milhões de motoristas
em todo o mundo se apoiam no Waze
para circular. O Brasil é o quinto maior
mercado global. No começo deste
mês, Bardin, que continuou no cargo
de CEO, veio ao Brasil para promover
sua nova meta: popularizar o Carpool,
sistema de compartilhamento de car-
ros embutido no aplicativo, um modo
de adiar o caos no tráfego urbano.
Bardin falou a VEJA no escritório da
Google em São Paulo.
As novas tecnologias, como as do
Waze, que unem recursos de GPS
com os das redes sociais, podem
transformar o cotidiano das gran-
des metrópoles? Sim. Há uma trans-
formação que talvez seja o maior de-
safio tecnológico de nossa geração,
equivalente ao desenvolvimento da
internet, ou mesmo da bomba atômi-
ca. São os carros autônomos ó e eles
divulgação/Waze só verão a luz do dia se usarem ao
entrevista noam bardin
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