brasil
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Patrimônio
Em 2011, a empreiteira Odebrecht de-
cidiu construir um estádio para o Co-
rinthians como um agrado ao ex-
presidente Lula, torcedor fanático do
time, pela longa e rentável parceria en-
tre eles. A princípio, o presente custaria
400 milhões de reais ó despesa com a
qual a construtora e o clube resolveram
arcar sozinhos. A Operação Lava-Jato,
que mostrou o que havia por trás de to-
da essa camaradagem, só começaria
NamiNg rights Itaquerão: o clube paulista pretende pagar o empréstimo com recursos da venda do nome do estádio
Carlos nardi/WPP/ag. o globo
arena da corrupção
inadimplente, o Corinthians consegue suspender a execução da dívida do itaquerão
e renegociá-la em condições mais favoráveis thiago bronzatto
dali a três anos. Antes do início da obra,
alguém sugeriu ampliar o tamanho da
arena para que ela recebesse o jogo de
abertura da Copa do Mundo. A mudan-
ça no projeto dobrou a capacidade do
estádio e elevou seu custo para mais de
1 bilhão de reais. Era dinheiro demais
até para a poderosa Odebrecht. Numa
operação financeira avalizada pelo go-
verno da então presidente Dilma Rous-
seff, a Caixa Econômica emprestou boa
parte dos recursos que faltavam. Em
setembro passado, após vários atrasos
no pagamento, o banco anunciou que
executaria a dívida ó mas logo depois
voltou atrás na decisão.
Das doze prestações que deveriam
ter sido pagas neste ano, o Corin-
thians quitou apenas duas. A dívida
da administradora do estádio, uma
sociedade formada entre o clube e a
construtora Odebrecht, chega a quase
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