Manequim - Edição 715 (2019-01)

NOSSA CAPA

“NÃO USO BABADOS NEM FRANJAS”

Desses detalhes nas roupas Sophia não gosta mesmo,

mas prefere não dizer que nunca vai usar. Radicalismo

não é com ela: “hoje posso não gostar, mas se amanhã

encontrar uma peça bonita e que caia bem, então, não

vejo problema. Isso é o mais legal da moda”. Apesar

de ser ligada em tudo o que acontece nas passarelas,

ela não é de comprar muito e está sempre esvaziando

o guarda-roupa. Ganha muitos presentes, mas quando

percebe que não vai usar, faz a festa doando para as

amigas – que, cá entre nós, devem ficar bem felizes!.

Acumular o que não usa, nem pensar!

Mania de comprar roupas nem acessórios a moça não

tem, o que não pode deixar de comprar semanalmente

são flores para decorar a casa. “Amo flores e acho que

elas deixam tudo mais aconchegante”, diz a agora loira

que já foi morena e ruiva. Mudar não é realmente pro-

blema para ela. Inventar novidades também não... Se-

gundo a própria, um dia quem sabe investe em moda,

lança a própria coleção e garante que antes quer apren-

der a costurar ou fazer um trabalho manual. Por en-

quanto, no entanto, continua dedicada ao Vídeo Show,

que já exige muito, tanto que tem faltado tempo para

praticar o surf que está aprendendo e gostando muito,

assiduamente agora só mesmo pilates e yoga.

“SOU VAIDOSA NA MEDIDA”

Ela gosta de se arrumar, claro, mas jura que não costu-

ma demorar muito nas produções do dia a dia. Já se for

para um evento...., bem aí a produção é mais capricha-

da. Ela se descreve como uma pessoa prática e, quando

o assunto é viagem, “nem faço malas gigantescas”, isso

foi uma lição da época de modelo, quando viajava muito

e aprendeu, na marra, a ter praticidade na hora de arru-

mar a bagagem. Ela gosta de viajar, mas o que a faz feliz

mesmo é estar com a família, amigos, pessoas que ama

e trabalhar com o que é apaixonada. Um privilégio, sem

dúvidas. Já o que a deixa mais chateada tem a ver com

o comportamento dos outros, ou melhor, o mau compor-

tamento. Como qualquer brasileiro, a corrupção está no

topo da lista de coisas que a deixam triste. Depois, vêm

o machismo, a homofobia, o racismo, o maltrato aos

animais.... Tem razão, Sophia!

s desafios são muitos, imagine todos os dias en-

trar ao vivo! Ela mesma ressalta que é preciso

muita atenção para o que acontece em volta,

é importante saber improvisar, por isso Sophia

está bem focada na carreira nesse momento.

Mas se sente bem feliz e orgulhosa por estar

à frente de um programa que já tem exatos

35 anos na grade da TV Globo. Ou seja, é

mais velho do que ela, com seus 27 aninhos.

“É um frio na barriga muito bom”, diz. A de-

dicação ao ofício atual não que dizer que ela

prefira a profissão de apresentadora a de atriz. Nada

disso, a moça, nascida em São Paulo, garante que todas

as vertentes de trabalho – modelo, atriz e apresentadora

— a completam profissional e pessoalmente. Para ela, a

arte proporciona momentos e experiências incríveis, que

permitem aprender muito, enfrentar novos desafios. “No

final do dia, isso é o que me move”, afirma.

“AMO MODA”

O começo da carreira como modelo cultivou em Sophia

o gosto pela moda. O hábito vem da época que morava

e desfilava na China e respirava esse universo. Hoje, o

foco é outro, mas sempre que dá ela acompanha des-

files e lançamentos. “É um mundo supercriativo e que

hoje está muito mais inclusivo”, diz. Por força do ofí-

cio, ela sabe muito bem o que fica bom ou não no seu

corpo e tem consciência de que as cores claras combi-

nam melhor com o seu tom de pele.

Acompanhar a moda é legal, mas Sophia fica feliz pelo

Vídeo Show ser um programa bem descontraído e com

um figurino que não tem nada de formal ou glamouroso,

é mais cool, às vezes, segue a linha mais romântica; em

outras, mais rock. O que combina bem com seu estilo

pessoal, ou melhor, sua falta de estilo definido: “gosto de

me vestir de acordo com meu humor, mas, geralmente,

prezo conforto e praticidade”. E não poderia ser diferen-

te, os vários compromissos do dia exigem looks que se

adaptem a tudo. No dia a dia, por estar morando no Rio

de Janeiro, vestidos soltinhos são os mais frequentes. Já

se a ocasião for de festa, vale tudo: decotes, fendas e até

um estilo mais boyish. Normalmente, quando vai a even-

tos, conta com a ajuda do estilista Dudu Farias.