aeee
ilustrada
C6 Sábado,19dEoutubrodE2 019
No Iraque,Poirot investiga
personagem inspirado no
marido deAgatha Christie
- Thales de Menezes
SãoPaulo“MortenaMeso-
potâmia”reúne três paixões
de Agatha Christie:odeteti-
vebelgaHercule Poirot, per-
sonagem maisfamoso da
escritorainglesa,oOriente
Médio,paraonde viajou inú-
merasvezes, eseu marido,
oarqueólogoMax Mallowan.
Volume número 23 da Cole-
çãoFolha-OMelhordeAga-
thaChristie, quechega às ban-
casnodomingo( 27 ), “Morte
na Mesopotâmia”foi lançado
pela primeiravez na Inglater-
ra em 1936 ,seis anos depois
deaautorater secasadocom
Mallowan, seu segundo mari-
do.Eela se inspirounelepara
criaropersonagemdeErich
Leidner,que na tramaémari-
do de Louise,avítimadavez.
Casadacomumespiãocon-
denadoafuzilamento, mas
COMOCOMPRAR
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agathachristie
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queconseguiu escapar an-
tesdaexecuçãoedesapare-
cer, elarecebeduranteanos
cartas anônimaseameaça-
dores. QuandoconheceLeid-
ner,seapaixona.Ahistória é
narrada por uma enfermeira,
Amy, contratada paracuidar
de Louisenas viagens em que
ela acompanha Leidnerem
seu trabalho decampo.
Poirot está emférias no Ira-
que e, devido àscoincidências
dosromances de Agatha Ch-
ristie, estápróximoao sítio
arqueológicoqueépalcodo
assassinato de Louise.
Odetetiveterápassatempo
extra emumviagem paraum
lugarexótico, comoaescrito-
ra sempregostou.
Cinema
papicha
França/argélia/bélgica,/Qatar, 2019.
direção:Mounia Meddour.Com:Lyna
Khoudri, Shirine boutellaeamira
Hilda douaouda. 16 anos.
mostradesp:sáb.(19), às 19h20,
no Espaço Itáu-FreiCaneca 3
(r.FreiCaneca, 569);ter.(22),às
17h30, no Espaço Itáu -FreiCaneca
2; sáb. (26), às 14h, no EspaçoItáu
-augusta1(r. augusta,1.475);
seg.(28), às 19h45, na Cinesala
(r.Fradique Coutinho,361)
- Sérgio Alpendre
Em alguns países,ohomem
usaareligião paraoprimir e
atéeliminartudo que pode
fugir ao seucontrole —jo-
gos, vícios, música, filmes,
prazeres mundanos emgeral
e, principalmente,amulher.
Ébasicamenteda ausên-
cia de liberdadeedaviolên-
cia em umEstadocontrola-
do pelo uso dareligiãocon-
formeéentendidaeimpos-
ta peloshomens que tratao
longa“Papicha”.,
Estebelofilmedeestreia
da diretoraMouniaMed-
douréuma dasatrações da
43 ªMostraInternacional de
Cinema deSãoPaulo.
EstamosnaArgéliados
anos 1990 ,momentoemque
asociedade argelinasofria
comaGuerraCivil, travada
entre 1991 e 2002 ,comata-
ques de gruposterroristas
eaimposição decostumes
muitoarcaicos, quecercei-
amaliberdade das mulheres.
“Irmã, sua imagemévali-
osa paranós, cuide dela ou
nós cuidaremos”,diz ocar-
taz que homensdemente
estreitacolamnas paredes.
Nessecontexto,Nedjma
(Lyna Khoudri), estudante
eestilistaamadoraapeli-
dada dePapicha,prefere se
divertir em baladascom
sua amigaWassila (Shi-
rineBoutella),criar e
vender seusvestidosede-
safiarqualquer espécie de
autoridade nefastaque en-
contrapelafrente.
Asamigasestão nacasa
dos 18 anos, mastêmcons-
ciência de que se não lu-
taremdealgum modo,te-
rãoassuas liberdadescada
vezmais suprimidas—um
verdadeiropesadeloque pas-
sa paraahistóriatornando-
se fadadoàrepetição.
Elasnão queremsair do
país,comoamaior parte
dos jovens queencontram.
AmamaArgéliaeproclamam
esse amorcomalegria. Elas
serecusamaevitar os mo-
mentos de prazerediversão.
“Papicha” émenos deslei-
xado do queamaiorparte
dos filmes que nos deixam
revoltadoscomaestupi-
dez humana. Esses filmes
costumamapostar somen-
te notema, esquecendo-se
que em cinema devehaver
umaformaadequada para
os sentimentos ou os pensa-
mentosque se quer suscitar.
Eapesar de não serexa-
tamenteumprimorfor-
mal,cenas poderosassur-
gemcom frequência,co-
moaque mostraNedjma
manipulando uma massa
parafritar um bolinho,ou
afelicidade das amigas no
começo,ouabrincadeira
de futebolnachuva.
Hátambémosmomen-
toscadavezmais pesados,
que dãocontadacrescente
atmosferadeterror quevai
se instaurandonopaís.
ApersonagemNedjma,
nesse sentido,encarna mui-
to bemumpapel que ela as-
sumecomo uma missão —a
liderançadeumaresistência
possível, nacerteza de que
tempos melhores virão.
“Papicha” éumfilmeduro,
porvezesindigesto, mas que
precisa servisto.
Leia mais na pág. C8
‘Papicha’éfilme por
vezes indigesto, mas
que precisa ser visto
LongaemcartaznaMostradeSão Paulo tratadeamigas
que desafiamaautoridadeemmeioàguerranaargélia
morte na
mesopotâmia
Poirot protegemulher
quefoicasadacomum
espiãoeacreditasofrer
ameaças de morte