Revista Guia do Hardware

(calbertouepb) #1

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automaticamente, criando ícones no desktop ou algo
similar, por baixo dos panos é sempre necessário montar
os dispositivos antes de acessá-los. Isto é feito automati-
camente quando você clica no ícone do CD-ROM no
desktop, por exemplo, mas, dependendo da distribuição
que resolver usar, você acabará precisando fazer isso
manualmente em muitos casos. Vamos então entender
como esse processo funciona.
Cada dispositivo ou partição é acessado pelo sistema
através de um device, um arquivo especial criado dentro
do diretório "/dev". Para entender a ordem usada para
nomear estes dispositivos é preciso usar algumas noções
de hardware.
Na placa-mãe você encontra duas portas IDE (primária e
secundária), que são usadas para instalar o HD e CD-ROM.
Cada uma das duas permite conectar dois dispositivos, de
forma que podemos instalar um total de 4 HDs ou CD-
ROMs na mesma placa. Os drives IDE "tradicionais", que
usam os cabos de 40 ou 80 vias são chamados de "PATA",
de "parallel ATA".

mesma forma que HDs SCSI.
Isso também se aplica a
pendrives e outros disposi-
tivos USB. Aqui entra uma
história interessante: como o
código é aberto, é muito
comum que novos módulos
sejam baseados ou utilizem
código de outros módulos já
existentes. O suporte a drives
SCSI no Kernel é tão bom que
ele passou a ser usado (com
pequenas adaptações) para
dar suporte a outros tipos de
dispositivos. Na época do
Kernel 2.4, até os gravadores
de CD eram vistos pelo
sistema como drives SCSI.
O primeiro dispositivo SCSI é
detectado como "/dev/sda", o
segundo como "/dev/sdb" e
assim por diante. Se você ti-
ver um HD SATA ou pendrive,
o drive é visto como
"/dev/sda" e não como
"/dev/hda", como seria se
fosse um drive IDE.
Se você tiver um HD SATA e
um pendrive, instalados na
mesma máquina, então o HD
será visto como "/dev/sda"
(pois é inicializado primeiro,
logo no início do boot) e o
pendrive como "/dev/sdb". Se
você plugar um segundo
pendrive, ele será visto como

Cada par de drives é insta-
lado na mesma porta. Para
diferenciar os dois é usado
um jumper, que permite
configurar cada drive como
master (mestre) ou slave. O
mais comum é usarmos
apenas um HD e mais um CD-
ROM ou DVD, cada um insta-
lado em sua própria porta e
ambos configurados como
master. Ao adicionar um
segundo HD, você poderia
escolher entre instalar na pri-
meira ou segunda porta IDE,
mas de qualquer forma preci-
saria configurá-lo como
slave, mudando a posição do
jumper. Independentemente
de ser um HD, CD-ROM ou
qualquer outro tipo de
dispositivo, os drives são
detectados pelo sistema da
seguinte forma:

Os HDs Serial ATA (SATA) são
vistos pelo sistema da

IDE primária, master:
/dev/hda
IDE primária, slave:
/dev/hdb
IDE secundária, master:
/dev/hdc
IDE secundária, slave:
/dev/hdd

Tutorial - LINUX: usando o terminal
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