Vingança a Sangue-Frio

(Carla ScalaEjcveS) #1

se numa cave em Kiev e ter clientes anónimos que enviam pornografia
especializada uns aos outros. O que é que eu sei? Nós, meros mortais, não
vamos encontrar pessoas que não querem ser encontradas naquela selva. Vais
ter de arranjar alguém com faro, um verdadeiro especialista.


A pancada na porta foi tão leve que Harry nem a ouviu, mas Halvorsen
gritou:


– Entre.
A porta abriu-se cautelosamente.
– Olá – disse Halvorsen com um sorriso. – Beate, certo?
Ela assentiu e olhou rapidamente para Harry.
– Estava a tentar apanhar-te. O teu número de telemóvel...
– Ele perdeu o telemóvel – disse Halvorsen ao levantar-se. – Sente-se e eu
faço-lhe um espresso à Halvorsen.


Ela hesitou.
– Obrigada, mas há algo que te quero mostrar na Casa da Dor, Harry. Tens
tempo?


– Todo o tempo do mundo – disse Harry, a recostar-se na cadeira. – Weber
só tinha más notícias. Não encontrou as impressões digitais na base de dados.
E Raskol pregou hoje uma verdadeira partida a Ivarsson.


– Isso são más notícias? – Aquilo escapara-lhe antes de ela o conseguir
evitar. Tapou a boca alarmada. Harry e Halvorsen riram-se.


– Foi agradável voltar a ver-te, Beate – disse Halvorsen, antes de ela e
Harry saírem. Não obteve resposta, apenas um olhar perscrutador de Harry, e
ficou parado no meio da sala a sentir-se um pouco embaraçado.


Na Casa da Dor, Harry reparou no cobertor amarrotado em cima do sofá
Ikea de dois lugares.


– Dormiste aqui esta noite?
– Apenas uma sesta – respondeu ela e ligou o gravador. – Observa Stine e o
Executor nesta imagem.


Apontou para o ecrã onde uma imagem fora imobilizada e enquadrava o
assaltante com Stine inclinada na sua direcção. Harry sentiu os pêlos da nuca
a levantarem-se.


–   Há  aqui    qualquer    coisa,  não há? –   perguntou   ela.
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