ser chamado. Em seguida, levantou-se e seguiu Gabriel até o avião. Deu
uma última olhada em busca de vigilância inimiga, só para garantir.
Ela foi orientada a sentar-se na terceira fila, ao lado da janela. Estava
olhando para o aeroporto escuro e malcuidado de Pulkovo, seu último
vislumbre de uma Rússia que nunca chegara a conhecer. Vestida com o
uniforme azul e branco, Madeline estava parecida com uma estudante
inglesa. Ela olhou para o lado quando Gabriel se acomodou no assento, mas
logo virou o rosto. Ele disparou uma última mensagem para o King Saul
Boulevard pelo BlackBerry criptografado. Em seguida, observou a esposa
preparar a cabine para a decolagem. Os olhos de Madeline reluziram.
Quando as rodas se ergueram do solo russo, uma lágrima escorreu por sua
bochecha. Ela segurou na mão de Gabriel e a apertou com força.
— Nem sei como agradecer — disse, com seu sotaque britânico
preciso.
— Então não agradeça.
— Quanto tempo dura o voo?
— Cinco horas.
— Vai estar quente em Israel?
— Só no sul.
— Você vai me levar lá?
— Vou levá-la aonde você quiser ir.
Chiara apareceu e entregou taças de champanhe para os dois.
Gabriel ergueu a sua na direção de Madeline num brinde silencioso antes de
colocá-la no apoio de centro, sem beber nada.
— Você não gosta de champanhe? — perguntou ela.
— Me dá uma dor de cabeça terrível.
— Também me dá.
Madeline tomou uns goles e ficou olhando pela janela para a
escuridão abaixo.
— Como você me encontrou lá embaixo?
— Isso não é importante.
— Algum dia você vai me dizer quem é?
— Você vai saber em breve.
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1