A Marca do Assassino

(Carla ScalaEjcveS) #1

de segurança. Sairia de Washington o mais depressa possível e iria para uma ilha
isolada.
Astrid saiu do hotel. Assim que entrou no carro, Delaroche ligou o motor.
Arrancou e estacionou por baixo de um viaduto ao longo da margem do rio.
Desligou o motor e ligou o computador portátil.
Percorreu os arquivos até encontrar o arquivo de Osbourne. Leu-o
rapidamente e encontrou a localização da casa do senador. Sim, pensou. Até o
nome era perfeito. Eles irão para lá, pois acreditam que é um local seguro. Saiu do
arquivo e clicou na base de dados, onde armazenara mapas de estradas digitais de
quase todos os países do planeta. Digitou o ponto de partida e o destino e o
software depressa lhe forneceu um itinerário: a Beltway, 1-95, a Verrazano Bridge, a
Long Island Expressway.
Voltou a ligar o motor do Range Rover e engrenou a primeira.
─ Onde vamos, Jean-Paul? ─ perguntou Astrid. Ele tocou na telado portátil.
Astrid olhou e leu.
Shelter Island. Ilha, Abrigo.
Delaroche pegou no celular, marcou o número que lhe fora dado pelas
pessoas que o tinham contratado e falou calmamente enquanto abandonava
Washington. O helicóptero aterrou no aeroporto de Atlantic City. Elizabeth
apanhara a 1-95 para norte e depois dirigira-se para a costa de Jersey. Os oficiais de
segurança do aeroporto estavam à espera quando parou na zona de devolução da
agência de aluguer de automóveis Hertz. Levaram-na sob proteção e fecharam-na
durante dez minutos numa pequena sala de detenção dentro do terminal.
Quando os rotores do helicóptero pararam, Elizabeth foi levada numa van
do aeroporto desde a sala de detenção até a pista. Chovia com intensidade. A
última coisa que lhe apetecia fazer numa noite como aquela era voar de
helicóptero. Mas queria ir para casa. Queria sentir-se segura. Queria cheirar os
lençóis familiares, ver coisas estimadas da sua infância. Durante algum tempo,
queria fingir que nada daquilo tinha acontecido.
A porta da van abriu e um golpe de chuva fria atingiu-a no rosto. Saiu e
dirigiu-se ao helicóptero. A porta abriu a ali estava Michael. Correu para os seus
braços e abraçou-o com força. Beijou-o e disse:
─ Nunca mais te vou perder de vista.
Michael não disse nada, limitando-se a abraçá-la. Por fim, ela perguntou: ─
Onde está o Max? Algures num local seguro, espero. Michael abraçou-a com mais
força. Elizabeth leu algo no seu silêncio e afastou-se, olhando para ele com os olhos
muito abertos.

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