A Marca do Assassino

(Carla ScalaEjcveS) #1

─ No laboratório do FBI ─ respondeu McManus.
─ E o iate?
─ Não há sinal dele ─ explicou Michael. ─ A Marinha e a Guarda Costeira
continuam à procura. Estão analisando imagens de satélite dessa parte do
Atlântico.
─ Portanto, na noite do atentado ─ resumiu Tyler ─ a embarcação pequena
aproxima-se de Long Island, enquanto o iate permanece ao largo, em segurança,
fora das águas territoriais americanas.
─ Assim parece.
─ E quando o indivíduo que disparou o míssil voltam ao iate, os colegas o
matam?
─ Assim parece.
─ Mas por quê? Por que deixar o corpo? Por que deixar o tubo de
lançamento?
─ São questões pertinentes, para as quais de momento não temos resposta.
─ Continue, Michael.
─ No início desta noite foi enviada por fax ao Times de Londres uma
reivindicação do atentado, em nome da Espada de Gaza.
─ No entanto, um atentado desta natureza não se enquadra no perfil deles.
─ Não, não se enquadra. ─ Michael premiu o botão e a imagem seguinte
surgiu na tela, uma breve cronologia da Espada de Gaza.
─ O grupo formou-se em 1996, depois da eleição de Benjamin Netanyahu
em Israel. Seu único objetivo é destruir o acordo de paz, assassinando todos que o
apoiam, quer sejam árabes ou judeus. Nunca agiu em Israel, nem nos territórios
ocupados. Em vez disso, opera acima de tudo na Europa e no mundo árabe. O
grupo é pequeno, extremamente compartimentado e muito profissional.
Acreditamos que tenha menos de trinta agentes operacionais ativos e uma equipe
de apoio de uma centena de elementos. Não possui uma sede permanente, e raras
são as vezes em que sabemos onde se encontram os membros de uma semana para
a outra. Recebe praticamente todos os fundos de Teerã, mas também mantém
instalações de treino na Líbia e na Síria.
Michael mudou a imagem.
─ Eis alguns atentados atribuídos ao grupo. A morte do empresário
israelense em Madrid, levada a cabo por Hassan Mahmoud. ─ A imagem voltou a
mudar, passando para um cenário de carnificina numa rua de Paris. ─ O atentado
fracassado contra o primeiro-ministro jordano. Ele sobreviveu, mas seis elementos
da comitiva não tiveram a mesma sorte. ─ Outra imagem, dessa vez de sangue e de
corpos numa capital árabe. ─ Um atentado bombista em Tunes, que matou o

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