— Depende.
— Pelo quê?
— Por você conseguir me ajudar a evitá-lo.
— Em que voo ela está vindo?
— Air France 54.
— Quando?
— Terça-feira.
— Algumas horas antes da chegada do presidente francês — comentou Carter.
— Duvido que seja coincidência.
— Qual é o hotel?
— Key Bridge Marriott.
— Aluguel de carro?
— Hertz.
— Imagino que também tenham dado um alvo para ela.
— Sinto muito, Adrian, não é o estilo de Saladin.
— Não custa nada perguntar. Afinal, ela salvou a vida dele.
Gabriel franziu as sobrancelhas, mas não disse nada.
— Suponho — disse Carter — que você pretenda deixá-la entrar no avião.
— Com sua aprovação — respondeu Gabriel. — E seria inteligente que você a
deixasse entrar no país.
— Colocá-la sob vigilância? É isso que você está sugerindo? Esperar os outros
membros da célula de ataque fazerem contato? Pegá-los antes de eles conseguirem atacar?
— Você tem uma ideia melhor?
— E se ela não for o único ativo operacional? E se houver outras equipes? Outros
alvos?
— Você deveria partir do princípio de que há outras equipes e outros alvos, Adrian.
Vários deles, na verdade. Saladin disse a Natalie que ela estaria envolvida em algo
grande. Tão grande que a única escolha dos Estados Unidos seria invadir a Síria.
— E se não fizerem contato com ela? Ou se ela for parte de uma segunda onda de
ataques?
— Mil perdões por não trazer o plano todo embrulhado para presente, Adrian, mas
não é assim que funciona no mundo real.
Fareed Barakat sorriu. Não era sempre que tinha um assento de primeira fila para
uma discussão entre os americanos e os israelenses.
— Quanto o Jalal Nasser sabe? — perguntou Carter.
— Quer que eu ligue e pergunte? Tenho certeza de que ele adoraria nos ajudar.