— Quem?
— Os americanos!
Safia colocou o pé no acelerador e correu pela P Street. Então, em Volta Place, fez
outra curva à direita.
— Seu alvo é um restaurante francês na Wisconsin Avenue chamado Bistrot Lepic.
Fica a cerca de um quilômetro subindo a rua, do lado esquerdo. Uns diplomatas da
Embaixada da França estão dando um jantar privado lá, com pessoas do Ministério das
Relações Exteriores de Paris. Vai ter muita gente. Adentre o máximo que conseguir no
restaurante e aperte seu detonador. Se for parada na porta, aperte ali mesmo.
— Sou só eu ou tem outros?
— Só você. Nós fazemos parte da segunda onda de ataques.
— Qual é o seu alvo?
— Já disse, não importa!
Safia freou com tudo na Wisconsin Avenue.
— Sai.
— Mas...
— Sai! — Safia balançou o punho cerrado na cara de Natalie, o punho que segurava
o detonador. — Sai, senão eu mato nós duas agora mesmo!
Natalie desceu e viu o Toyota acelerar no sentido sul pela avenida. Então, olhou para
a extensão de Volta Place. Não havia carro algum na rua. Parecia que Safia conseguira
despistar seus perseguidores. Mais uma vez, Natalie estava sozinha.
Ela ficou parada com indecisão por um momento, ouvindo os gritos das sirenes.
Todas pareciam convergir para o extremo sul de Georgetown, perto do Potomac.
Finalmente, começou a andar para o lado oposto, em direção a seu alvo, e a procurar um
telefone. E o tempo todo se perguntava por que Safia insistira que ela usasse o colete
suicida com a costura vermelha no zíper.
Cinco minutos decisivos se passaram até o FBI conseguir encontrar o carro. Estava
estacionado na esquina da Wisconsin com a Prospect, ilegalmente e muito mal. A roda
direita da frente estava no meio-fio, a porta do motorista estava entreaberta, os faróis
acesos, o motor ligado. Mais importante, as duas ocupantes, uma morena e uma loira,
indivíduos um e dois, tinham desaparecido.