domiciliária". Durante vários anos de manobras legais e apelos, a Igreja
Católica permitiu a Priebke viver num mosteiro nas imediações de Roma.
Olga Lengyel, no seu testemunho 1947, memória de uma
sobrevivente em Auschwitz, escreveu: "Certamente todos aqueles cujas
mãos estiveram direta, ou Indiretamente manchadas com o nosso sangue
devem pagar pelos seus crimes. Menos do que isso seria um ultraje contra
milhões de mortes inocentes." O seu apaixonado apelo por justiça, no
entanto, passou largamente despercebido. Apenas uma minúscula
percentagem daqueles que levaram a cabo a Solução Final ou tiveram um
papel auxiliar ou colaboracionista enfrentaram punição pelos seus crimes.
Dezenas de milhar encontraram santuário em terras estrangeiras,
incluindo nos Estados Unidos; outros regressaram simplesmente a casa e
prosseguiram com as suas vidas. Alguns arranjaram emprego na rede de
serviços secretos do General Reinhard Gehlen patrocinada pela CIA. Que
impacto tiveram homens como estes na conduta da política de relações
internacionais da América durante a Guerra-Fria? A resposta talvez nunca
seja inteiramente conhecida.
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
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