Quatro Rodas - Edição 728 (2019-12)

(Antfer) #1

dezembro quatro rodas 7


carta ao leitor


Zeca chaves


Redator-chefe


[email protected]


Q


uando você vê uma bela foto de


um lançamento na QUATRO


RODAS, não tem ideia do tra-


balhão que deu para ficar assim.


Para retratar dois automóveis na pis-


ta, por exemplo, há quatro profissio-


nais envolvidos: dois motoristas pi-


lotam os veículos à frente da câmera


e um terceiro conduz o carro que


leva o quarto elemento, o fotógrafo.


E no meio do caminho tem mais


complicação. Como num balé bem


coreografado, tudo precisa estar em


total sincronia de velocidade e po-


sicionamento. Calma, que não aca-


bou. Agora entra o talento do fotó-


grafo. A rapidez do disparo da


câmera não pode ser muito alta


(senão congela a cena e mata a sen-


sação de movimento) nem muito


baixa (pode borrar os detalhes dos


veículos). No caso da revista im-


pressa, ele ainda precisa enquadrar


tudo de modo que sobre um espaci-


nho para encaixar o título da maté-


ria cuja imagem vai ilustrar.


Se achou que é muita gente para


fazer uma foto, é porque não sabe o


tamanho do batalhão (literalmente)


envolvido para fazer o registro aci-


ma e sua respectiva reportagem.


Operação


de guerra


Ao menos 28 pessoas foram mo-


bilizadas para que outra dupla pu-


desse completar sua missão: o edi-


tor Paulo Campo Grande e o editor


de arte e fotógrafo Fernando Pires.


Nossos bravos soldados do jorna-


lismo automotivo foram incumbi-


dos de mostrar como é pilotar o


blindado do Exército brasileiro


M113 BR. Considerado o Fusca do


mundo militar, trata-se de um veí-


culo anfíbio de combate bem tra-


dicional, fácil de manter e de cons-


trução simples e robusta.


Agora, sim, você tem todo o direi-


to de perguntar se não é muita gente


apenas para produzir uma matéria.


Amigo, o Exército não brinca em


serviço quando recebe suas ordens –


e pudemos comprovar in loco. Sob o


comando do tenente-coronel Jason


Ferrari Risso (fã confesso de QUATRO


RODAS já faz mais de 20 anos), essa


tropa toda garantiu que PCG tivesse


todas as suas perguntas respondidas,


enquanto Fernando recebia o devido


apoio para fotografar com seguran-


ça. Nem todos puderam posar para o


retrato acima, já que estavam em lo-


cais diferentes do campo de provas,


porém já dá para ter uma ideia.


Havia técnicos para falar da blin-


dagem, outros para explicar a parte


mecânica, instrutores para ensinar


PCG a dirigir, segurança para isolar a


área, pessoal para cuidar da logísti-


ca, relações-públicas, fotógrafo...


Tinha até uma equipe especializada


em mergulho pronta para entrar em


ação caso algo desse errado quando


o blindado navegasse pelo lago.


Ufa, deu muito trabalho, mas cor-


reu tudo bem e a missão foi cumpri-


da, como você pode ver lá na página



  1. E me despeço aqui agradecendo a


toda a tropa com o grito de guerra da


divisão blindada: aço, coronel Ferrari!


Paulo Campo Grande (no alto) e


Fernando Pires: você não imagina


quanta gente tem atrás desta foto...


Aqui apenas parte


do efetivo: os


demais estavam


em outras missões


F

oto

S

EXÉRCIT

O BRASILEIRO
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