soltando um suspiro de satisfação...
Tirou os sapatos, apagou a luz por cima do seu lugar, ajeitou as almofadas,
cobriu-se com o cobertor, deitou-se na poltrona esticada. Queria aproveitar o
tempo a bordo para dormir algumas horas. De manhã, precisaria de ter a
cabeça fresca, a funcionar, para não andar a cambalear de sono durante o seu
primeiro dia em Luanda. Regina tinha consciência das dificuldades que a
esperavam, dos riscos que iria correr, mas sentia-se preparada para os
enfrentar. A aflição das últimas semanas, o desespero, a depressão, as
lágrimas, deixara tudo isso em Lisboa. Agora era tempo de ir à luta com uma
determinação renovada e, nem que fosse a última coisa que fizesse na vida,
nada, nem ninguém, me há-de impedir de virar Luanda de pernas para o ar
até descobrir onde está o Nuno.