ANTHONIO - A SUA MAIS NOVA REVISTA - TESTE 2

(O LIVREIRO) #1

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DETECÇÃO
PASSO A PASSO

Lesões localizadas
indicam alergia de
contato, que vão
embora ao afastar o
animal do alérgeno
causador.

Um bom antipulgas
serve para descartar
alergia a parasitas.

Se nada disso
resolver, o veterinário
costuma propor uma
dieta por 60 dias
para descobrir se
o problema é com
algum alimento.

Se a melhora não for
significativa, tudo
leva a crer que há
dermatite atópica —
que pede tratamento
específico. É possível
fazer testes para
saber a qual alérgeno
seu animal reage,
mas eles são caros.

Quando se formam
feridas e o animal perde
pelo em alguns locais
por causa da coceira,
pode ser dermatite
agravada com infecção
por bactérias ou fungos.

Lesões ou manchas
localizadas, como ao
redor do pescoço, indicam
dermatite de contato, em
reação à coleira.


organismo dos bichos um a um e acompa-
nham para ver se houve melhora. No caso
da alergia alimentar, pode ser a proteína da
carne; na dermatite de contato, às vezes é a
coleira ou uma roupinha. Uma vez excluído
o fator irritante, os sintomas cessam.

Domando a alergia
A situação é diferente na dermatite atópica,
quadro crônico que pode ser agravado por
um monte de coisas. “É uma doença de di-
fícil controle. Nesses animais, a pele perde
a sua função de barreira natural e se torna
hiper-reativa a tudo”, resume Farias. Como
a doença enfraquece a proteção da derme
e alimenta coceira e formação de feridas, o
tratamento envolve banhos com xampus es-
peciais e soluções à base de cloreto de sódio,
que atuam na recomposição da barreira cutâ-
nea. Se o animal estiver com infecção por
bactérias ou fungos, lembra Flávia, é neces-
sário partir para antibióticos ou antifúngicos.
A boa notícia é que despontaram trata-
mentos inovadores nessa área. E alternativas
à cortisona, remédio que deprime a imuni-
dade para frear o problema mas que pode
envolver riscos se usada constantemente. A
última geração de medicações envolve com-
primidos mastigáveis e, mais recentemente,
injeções de anticorpos que agem como um
míssil teleguiado na origem da dermatite e
da coceira — caso de um remédio biológico
recém-lançado pela Zoetis. “É uma manei-
ra de tratar mais próxima do natural, tendo
menos reações adversas”, afirma Merlo.
Para alguns profissionais, homeopatia,
ozonioterapia e acupuntura podem trazer
bons resultados, não só para essa dermati-
te, mas para alergias em geral — a indica-
ção, porém, não é unanimidade pela falta
de evidências científicas. Em paralelo ao
tratamento veterinário, manter o ambien-
te, a casinha e a cama do animal em ordem
também é importante, porque tira de cena
poeira, ácaro e outros elementos incitado-
res de coceira. Vale caprichar. Ninguém
merece viver nesse coça-coça! −

SAÚDE É VITAL • SETEMBRO 2019 • 49
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