VOCÊ S/A | AGOSTO DE 2016 | 73
Para menos virar mais
CONFIRA OS CONSELHOS DE EMPREENDEDORES E ACELERADORAS PARA
DAR O PONTAPÉ INICIAL NO SEU NEGÓCIO, MESMO COM POUCOS RECURSOS
Recorra
a fontes
alternativas de
financiamento
Um bom jeito de con-
quistar capital para a startup dar os
primeiros passos é inscrever o projeto
num site de financiamento coletivo,
como Kickante ou Catarse. Atual-
mente, as iniciativas de empreende-
dorismo já ocupam a segunda posição
em número de campanhas lançadas
nessas plataformas, que cobram uma
comissão de 10% a 15% sobre o valor
arrecadado pelos autores. Outro
caminho é buscar investidores-anjos,
que colocam pequenos valores nos
negócios em troca de participação
acionária e ainda atuam como men-
tores. No site da ONG Anjos do Brasil
é possível encontrar informações
sobre como apresentar seu projeto
para um investidor com esse perfil.
Busque parceiros
A maior facilidade que Luiz
Felipe Jannuzzi, fundador da
NowLink, teve ao iniciar sua
empresa foi a ajuda de seu
irmão e sócio, o programador Luiz Flávio
Jannuzzi. Foi ele o responsável pelo
desenvolvimento da plataforma online,
que permite transformar o Instagram
em um canal de vendas. “Nosso custo
inicial foi muito baixo, já que a base da
plataforma foi desenvolvida de graça
pelo meu irmão”, diz Luiz Felipe. Além
de familiares e amigos, você também
pode buscar candidatos a sócios do seu
negócio – que sejam especialistas nas
áreas de programação e desenvolvi-
mento ou de marketing e vendas – em
eventos de empreendedorismo e até
em sites de trabalho freelance como o
Workana.com. “O importante é que os
sócios tenham características comple-
mentares para atender as primeiras
demandas: desenvolver e entregar o
produto”, afirma André Ghignatti.
Use um
escritório virtual
O home office é a al-
ternativa mais barata,
mas ter um endereço
comercial é fundamental para alguns
negócios, como a BeeCâmbio, startup
de São Paulo especializada em venda
e troca online de moedas estrangeiras.
“Como fazemos transações de valores é
fundamental ter uma imagem organiza-
cional bem estruturada”, diz Fernando
Pavani, fundador da BeeCâmbio. No
início do negócio, sem muitos recursos
em caixa, a saída encontrada por ele foi
recorrer ao serviço de escritório virtual
da Delta Business Center. Nesse tipo de
serviço, o empreendedor pode informar
o endereço comercial da Delta – que
tem unidades nos principais centros
Rode em beta
No começo, toda startup
digital precisa ter um
MVP, sigla em inglês para
produto mínimo viável –
um protótipo do projeto, já em uso, a ser
apresentado aos investidores. É uma
versão que possui todas as funcionali-
dades do produto final, mas ainda sem
acabamento. Ou seja, nessa fase você
ainda não precisa investir em um design
apurado. Como você não conta com uma
grande equipe de tecnologia, é interes-
sante abrir essa versão a alguns usuá-
rios, para que experimentem o produto
e detectem possíveis erros antes mesmo
do lançamento. Ao rodar em beta, o em-
preendedor transmite credibilidade junto
a possíveis investidores e clientes, mos-
trando que o projeto está evoluindo e
permitindo a eles avaliar o seu potencial.
Divulgue
nas redes
Você pode usar as ferra-
mentas da internet para
conseguir uma base de
usuários para testar seu aplicativo ou
para divulgar seu negócio entre clientes
em potencial. Para isso, identifique os
financeiros da capital paulista, como as
avenidas Faria Lima, Paulista e Berrini
–, ter seus clientes atendidos por um
PABX da empresa e até realizar algumas
reuniões nesses locais. Os planos, que
custam a partir de 90 reais mensais,
podem ser contratados pelo tempo que
a empresa precisar, sem necessidade
de fiador ou carta-fiança. “A Delta não
coloca o logo dela nas salas, o que dá
aos clientes a impressão de que somos
donos do andar inteiro. Isso fazia a gente
parecer grande e eu só precisei investir
no site da empresa”, diz Fernando.
principais canais para atingir o seu
público – grupos no Facebook, fóruns
no LinkedIn, blogs ou canais no
YouTube – e, depois, use esses meios
para divulgar. Mesmo que o pro-
duto não esteja finalizado, as redes
sociais podem ser uma ferramenta
para anunciar o futuro lançamento,
dimensionar o interesse do público e
validar o projeto. Para Camila Porto,
consultora em marketing digital e
autora do livro Facebook Marketing
(Ed. Novatec), essa rede é um bom
caminho de divulgação porque,
além da quantidade de usuários e da
possibilidade de interagir com eles,
é possível analisar o retorno do in-
vestimento por meio de uma série de
métricas. “Com 10 reais por dia você
já consegue fazer uma campanha
no Facebook, impulsionar seu post e
chegar ao seu cliente em potencial.”
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