O Audax, que encantou o último ‘Pau-
listão’ com uma proposta de jogo
que valorizava a posse de bola, e sur-
preendeu os grandes clubes do esta-
do, parece já não ser o mesmo. Não
apenas porque alguns dos principais
jogadores deixaram o clube mas
porque os que permaneceram, as-
sim como a comissão técnica, hoje
vestem a camisa de outra equipe, o
Oeste de Itápolis.
Apesar de ter garantido classi -
cação para a Série D do Campeonato
Brasileiro, o atual vice-campeão pau-
lista preferiu rmar uma parceria
para disputar a Série B. O técnico
Fernando Diniz e os jogadores rema-
nescentes do Paulistão hoje defen-
dem o Oeste, mas seguem treinando
no mesmo local e inclusive mandan-
do seus jogos em Osasco. Quem as-
siste às partidas da Série B logo per-
cebe que o estilo de jogo permanece o
mesmo; no entanto, a campanha está
muito aquém daquela do estadual.
Ao nal do primeiro turno, a equipe
acabou apenas com a 11ª colocação,
dentre as 20 equipes, sete pontos
atrás da zona do G4, que de ne aque-
las que subirão para a Série A. Foram
apenas seis vitórias nas 19 partidas
disputadas, muito pouco para quem
eliminou São Paulo e Corinthians no
Campoenato Paulista.
Quanto à Série D, a equipe foi
formada basicamente por jogadores
da base e passou por maus bocados.
Acabou em último lugar no grupo
que contou com a Caldense (MG),
Espírito Santo (ES) e Boavista (RJ),
com apenas quatro pontos conquis-
tados, e nenhuma vitória na seis par-
tidas disputadas. Um grande asco.
Justiça seja feita, após a boa cam-
panha no estadual, o clube de Osasco
perdeu algumas das principais peças,
e quem se aproveitou desse desman-
che foram justamente os grandes clu-
bes do estado. O lateral Tchê Tchê foi
para o Palmeiras, o atacante Ytalo
acertou com o São Paulo, o volante
Yuri está no Santos e dois atletas de-
sembarcaram no Corinthians, o ata-
cante Bruno Paulo e o meia Cama-
cho. Além deles, o goleiro Sidão foi
para o Botafogo e o meia Juninho e o
atacante Mike, que estavam no Au-
dax por empréstimo, retornaram a
Palmeiras e Internacional.
Agora é saber o que podemos es-
perar da promissora equipe, enquan-
to Audax ou Oeste. O tempo dirá.
VCECAMPEÃO PAULSTA, AUDAX
TEM VDA DURA NAS SÉRES B E D DO BRASLERO
PALESTRA
ITÁLIA
EM LIVRO
©1 ILUSTRAÇÃO WILL SILVA ©2 MAURO HORITA/AGIF ©3 REPRODUÇÃO
COLABORAÇÃO de Daniel Faustino
Berço da primeira partida de futebol o cial
no Brasil em 1902, a obra Parque dos Sonhos
retrata os feitos históricos, evoluções
arquitetônicas, jogos, marcas, recordes,
estatísticas, fotos e curiosidades do Estádio
Palestra Italia ao longo dos tempos. Organizado
por Fernando Razzo Galuppo e José Ezequiel de
Oliveira Filho em parceria com a editora In
House, o livro conta com riqueza de detalhes,
fruto do exaustivo e metódico trabalho de
pesquisa dos autores. “O Palestra Italia
precisava ter um registro para a posteridade de
suas fases e momentos. O local trata-se de um
dos únicos espaços esportivos do século XIX que
se mantêm ativos e atualizados na grande
metrópole paulista”, diz Fernando Galuppo.
Localizado no bairro da Água Branca, o Parque
Antartica ocupava uma área de cerca de 20
alqueires e foi fundado em 1891 pela Companhia
Antarctica Paulista, fundada naquele mesmo
ano, que havia adquirido o terreno para a
instalação da sua fábrica de cerveja. O local se
transformou numa referência de recreação e
divertimento. Em abril de 1920, o Parque
Antartica foi comprado pelo Palestra Italia. De lá
para cá, a praça esportiva teve diversas
melhorias e mudanças em sua estrutura física.
“A primeira grande construção podemos veri car
nos anos 30, quando o estádio passou a ter
arquibancadas de concreto armado, a primeira
do gênero em São Paulo. Depois, a construção do
Jardim Suspenso, nos anos 60. E mais
recentemente em arena Multiuso”. Com 178
páginas, rico em fotos, colorido e papel nobre, o
livro pode ser adquirido através do site: http://
inhousestore.com.br/parque-dos-sonhos.html
No último campeonato
paulista, o Audax
assombrou os grandes
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PLACAR.COM.BR
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