13 Coisas que as Pessoas Mentalmente fortes não fazem - Amy Morin - 151 Págs

(EROCHA) #1

candidata à remoção do pulmão, e esta era sua melhor chance de sobreviver, embora fosse
uma cirurgia arriscada.
Heather escolheu passar pela longa cirurgia que removeria o pulmão afetado e sua pleu-
ra, assim como substituiria metade de seu diafragma e a membrana do coração com Gore-Tex
cirúrgico. Manteve-se hospitalizada por um mês depois da cirurgia. Ao deixar o hospital, ficou
na casa dos pais por um tempo para que pudessem ajudá-la nos primeiros meses quando o
marido dela retornasse ao trabalho. Ao voltar para casa, três meses depois, Heather foi sub-
metida a radioterapia e quimioterapia. Levou mais de um ano para começar a se sentir melhor,
mas até hoje permanece livre do câncer. Embora fique sem fôlego com mais facilidade se fizer
esforço físico, já que só tem um pulmão, ela considera que esse foi um preço relativamente
pequeno a pagar.
Para comemorar a data em que seu pulmão foi removido, Heather agora celebra o “Dia
de Despedida do Pulmão” todo dia 2 de fevereiro. Na data, ela reconhece seus medos acerca
das coisas sobre as quais não tem controle, como a possibilidade de seu câncer voltar. Ela
usa uma caneta para escrever seus medos em um prato e depois o quebra numa fogueira.
Depois de oito anos, a comemoração cresceu. Hoje mais de oitenta pessoas participam, entre
família e amigos. Os convidados fazem o mesmo, quebrando os pratos com seus medos no
fogo. Além disso, também transformaram o acontecimento num evento de arrecadação de
fundos para a pesquisa do mesotelioma.
“O câncer faz você se sentir sem controle”, reconhece Heather. Atualmente ela está livre
do câncer, mas continua com medo de sua filha crescer sem mãe. De qualquer forma, esco-
lheu encarar seus medos escrevendo o que mais a apavora e reconhecer que essas coisas
não estão sob controle. Ela então se concentra naquilo que pode controlar – como viver todos
os dias em sua plenitude.
Hoje Heather trabalha oferecendo apoio a pacientes com mesotelioma. Fala com pesso-
as recém-diagnosticadas e as ajuda a lidar com seus medos sobre o câncer. Também se tor-
nou uma importante conferencista, levando sua mensagem de esperança e cura.
Quando perceber que está tentando controlar algo que não pode, pergunte-se: “Do que
eu tenho tanto medo?” Está preocupado que alguém faça uma escolha errada? Teme que al-
go saia terrivelmente errado? Que você não seja bem-sucedido? Admitir seus medos e de-
senvolver uma compreensão deles o ajudará a começar a reconhecer o que está sob seu con-
trole e o que não está.


CONCENTRE-SE NO QUE PODE CONTROLAR


Depois de identificar seus medos, identifique o que você pode controlar, levando em con-
ta que, às vezes, as únicas coisas que pode controlar são seu comportamento e sua atitude.
Você não tem controle sobre o que acontece com sua bagagem depois de tê-la entrega-
do ao funcionário da companhia aérea no aeroporto, por exemplo. Mas o que pode controlar é
o que coloca dentro de sua mala de mão. Se você mantiver consigo os pertences mais impor-
tantes e uma muda extra de roupas, caso a bagagem não chegue ao destino a tempo, isso
não será uma emergência. Concentrar-se no que você pode controlar torna muito mais fácil
deixar de lado a preocupação com o que não pode.
Ao perceber que está muito ansioso em uma situação, faça o que puder para administrar
sua reação e influenciar o resultado. Mas admita que não pode controlar outras pessoas e que
nem sempre pode ter total controle sobre o resultado.

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