com algumas das mais impressionantes pontes do país, incluindo a Verrazano–Narrows, a
Delaware Memorial e a Walt Whitman. Sua capacidade de projetar e criar estruturas sofistica-
das, complicadas e extravagantes lhe rendeu muitos prêmios.
O mais impressionante de tudo foi que Ammann tinha 60 anos quando mudou de carrei-
ra. Continuou a criar obras-primas arquitetônicas até os 86. Em uma idade em que a maioria
das pessoas não quer mais assumir riscos, Ammann escolheu correr um risco calculado que o
permitiu transformar seu sonho em realidade. Se assumíssemos apenas riscos que nos dei-
xam confortáveis, provavelmente perderíamos grandes oportunidades. Assumir riscos calcula-
dos determina a diferença entre uma vida medíocre e uma vida extraordinária.
A EMOÇÃO ATRAPALHA NA HORA DE TOMARMOS
DECISÕES LÓGICAS
Você deve ter certo grau de medo ao atravessar a rua. Isso faz com que se lembre de
que deve olhar para os dois lados para reduzir o risco de ser atingido por um veículo. Se não
tivesse medo algum, você se comportaria de forma imprudente.
Mas nossos “medidores de medo” nem sempre são confiáveis. Às vezes o alarme dispa-
ra mesmo quando não estamos em perigo. E, quando ficamos com medo, tendemos a nos
comportar de acordo, acreditando falsamente que, “se parece assustador, deve ser muito ar-
riscado”.
Durante anos fomos advertidos sobre os perigos de tudo, de abelhas assassinas à doen-
ça da vaca louca. Parece que com frequência ouvimos estatísticas, pesquisas e advertências
sobre tantos perigos que se torna difícil delimitar a extensão do risco que de fato corremos na
vida. Pense, por exemplo, nas pesquisas sobre o câncer. Alguns estudos estimam que a do-
ença responde por cerca de uma entre cada quatro mortes. Outros advertem que dentro de
alguns anos cerca de metade de nós terá câncer. Esses tipos de estatísticas podem causar
alarme, mas às vezes também podem ser enganadores. Uma análise mais cautelosa dos nú-
meros revela que uma pessoa jovem que mantém um estilo de vida saudável corre um risco
relativamente baixo de desenvolver um câncer, em comparação a alguém com sobrepeso e
que fuma. Mas às vezes é difícil avaliar nosso nível pessoal de risco quando somos bombar-
deados todo o tempo com estas estatísticas apavorantes.
Fabricantes de produtos de limpeza trabalham arduamente para nos convencer de que
precisamos de substâncias químicas poderosas, desinfetante para as mãos e sabonetes anti-
bacterianos para nos protegermos dos vermes. Matérias na imprensa nos advertem de que
nossas pias têm mais germes do que os assentos de nossos vasos sanitários, com lembretes
visuais da rapidez com que bactérias crescem em uma placa de Petri. As pessoas com fobia
de germes prestam atenção nesses alertas e tomam precauções drásticas para evitar entrar
em contato direto com os germes. Elas desinfetam a casa com substâncias cáusticas, esfre-
gam as mãos várias vezes com produtos antibacterianos e substituem apertos de mão por ou-
tros tipos de cumprimentos para reduzir a proliferação de germes. Mas as tentativas de vencer
essa guerra podem, na verdade, resultar mais em prejuízos do que benefícios. Estudos mos-
tram que, ao nos livrarmos dos germes, nossa capacidade de desenvolver imunidade contra
doenças fica reduzida. Um estudo do Centro Infantil da Universidade Johns Hopkins descobriu
que recém-nascidos expostos a germes, poeira de pelos de animais domésticos e roedores e
alergênicos em baratas tinham menor probabilidade de desenvolver asma e alergias. O medo
leva muitos a presumir de forma errada que os germes representam um risco mais alto do que