VIDA DE FOTÓGRAFO
Diferentemente de um fotógrafo sem
limitações físicas, que pode mostrar a
pose à modelo usando o próprio corpo,
Maria Paula conta que precisa ser muito
objetiva para transmitir verbalmente suas
ideias à cliente. Muitas vezes, o assistente
também ajuda nisso, pois estudou
antecipadamente com a fotógrafa o
conceito do trabalho para colaborar.
LIMITES SÃO SUPERADOS
Ela também usa muito as mãos para
indicar comandos. “Quando fotografo
pessoas cadeirantes, também necessito
entender as limitações físicas delas para
criar as poses e saber a forma como vou
dirigi-las”, explica. Maria Paula gosta de
tirar proveito de diversos ângulos: desde
o mais baixo, quando costuma ficar
deitada no chão, passando pela visão no
nível da cadeira, até o ângulo superior,
sobre os ombros do assistente.
Como usa a DSLR Canon EOS 6D Mark
II, que tem monitor articulado, consegue
brincar com os enquadramentos mais
rasantes e superiores com facilidade.
Com a objetiva 50 mm de f/1.4, aposta
nos efeitos de desfoques e dá preferência
para imagens subexpostas, depois
trabalhadas no Lightroom com presets de
tons criados por ela, finalizando tom de
pele e nitidez no Photoshop.
Em geral, Maria Paula prefere a
iluminação natural suave da manhã
ou do entardecer, e quando necessário
usa um LED ou flash com softbox como
luz de preenchimento. Nos ensaios
sensuais, explora bastante a luz lateral
vinda da janela.
Para tirar
proveito de
diversos
ângulos, Maria
Paula se deita
no chão ou
então sobe nos
ombros de seu
assistente para
ver de cima
Ensaio sensual
criativo com uso
de sobreposição
A fotógrafa conta com
assistente quando precisa
sair da cadeira de rodas