MATÉRIA DE CAPA
Consagrada pelo grande mestre
francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004),
a fotografia de rua ganhou impulso a partir
do início do século 20, quando as câmeras
passaram a ser menores e portáteis. O
movimento Photo-Secession, nos Estados
Unidos, foi um dos primeiros a voltar
a atenção para as cenas do cotidiano,
transitando do pictorialismo para a
fotografia direta por meio das imagens
de Alfred Stieglitz e Paul Strand realizadas
nas ruas de Nova York.
No Brasil, destacaram-se nesse período
Augusto Malta, grande cronista da vida
carioca na virada do século passado, e
Vincenzo Pastore, que saiu do ambiente
controlado do estúdio e ganhou as ruas de
São Paulo na década de 1910, revelando
o rosto dos transeuntes com uma
espontaneidade inédita.
Visto pelo viés histórico, a fotografia é
filha da revolução industrial, assim como as
grandes cidades. Mas foram necessárias
algumas décadas de desenvolvimento
tecnológico para que a fotografia chegasse
realmente às ruas. Isso realmente ocorreu
O COTIDIANO NO VISOR
Clássicos dos
primórdios da
street photography:
imagens do brasileiro
Augusto Malta
(acima, à esq.) e
do americano Paul
Strand (acima, à dir.)
Ao lado, flagrante
do francês Henri
Cartier-Bresson, o
grande mestre da
fotografia de rua
A fotografia
começou a
ganhar as ruas
com a chegada
das câmeras
compactas e dos
filmes em rolo. O
grande inspirador
foi o francês
Cartier-Bresson
Henri Cartier-Bresson
Paul Strand
Augusto Malta