Fotografe - Edição 279 (2019-12)

(Antfer) #1

Fotos:


Fabio Hashimoto


A direção da
modelo deve ser
baseada na leveza e
na confiança para a
fluência do ensaio

o australiano Peter Coulson, o belga
Frank de Mulder e o teuto-australiano
Helmut Newton (1920-2004). Além
disso, a fonte de estudos de Hashimoto
é baseada em livros e obras do período
barroco e renascentista, como as dos
pintores holandeses Rembrandt e
Johannes Vermeer.
Depois da mudança radical de
referências visuais, o especialista
começou a fotografar considerando

aspectos menos emocionais e mais
racionais. Apostou no que define
como uma “direção sentimental”,
ou seja, ajudar as clientes a se
enxergarem poderosas sob a luz que
ele escolhe para registrá-las.
Algo que ele aprendeu por meio
do veterano fotógrafo Haruo Oki, da
revista National Geographic, quando
morou no Japão, é ser mais ponderado
na hora de clicar. Hashimoto passou

então a se perguntar três coisas antes
de acionar o disparador: “por quê,
para quê e para quem”. Segundo ele,
toda luz, todo gesto e toda expressão
gerada por meio de uma direção
fotográfica correta deve ter um “por
quê”, um “para quê” e um “para quem”.
Ele acredita que dessa maneira a
imagem terá um sentido, uma “alma”,
um significado implícito, e não será
apenas mais uma simples foto posada.
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