Fotografe - Edição 281 (2020-02)

(Antfer) #1
Fotografe Melhor no 281 23

Acima, caçador
exibe seu corcel
negro e sua águia
com orgulho; ao
lado, Fabio Elias
com dois veteranos
nas competições
do festival mongol

Um dos locais mais
frios e isolados do planeta,
dominado pela cultura
nômade, com estepes
selvagens e grandes zonas
de deserto, quase sem
estradas, a Mongólia tem uma
grande área territorial (cerca
de 1,5 milhão de km^2 ) para
apenas cerca de 3 milhões de
habitantes (sendo que
45% vivem na capital, Ulan
Bator), o que gera uma
das menores densidades
populacionais do mundo.
O país não tem costa
marítima e faz fronteira com
a China e a Rússia. Já foi
império poderoso, fundado
pelo líder Gengis Khan em
1206, e depois ficou séculos
sob domínio da China, até
se tornar independente em
1921, passando a ter influência
direta do governo comunista
soviético por décadas. Com
o fim do bloco soviético, em
1992, a Mongólia aprovou
uma nova constituição,
tornou-se uma república
semipresidencialista e adotou
um sistema democrático
multipartidário.
Para quem ficou
interessado em fotografar
nesse exótico destino, Fabio
Elias informa que já há viagem
programada para o Festival
das Águias Douradas de
2020, entre 30 de setembro
e 11 de outubro. Para mais
informações, acesse: http://www.
imagenseaventuras.com.br.

Um país
bem isolado

por águia, cavalo e dois homens. A prova
ocorre em duas etapas. Na primeira, a
ave é solta do alto de uma montanha por
um adestrador e precisa pousar no braço
do outro caçador. Portanto, o fotógrafo
já tem que decidir em qual ponto vai
ficar. Na segunda etapa, há a simulação
de uma caçada: a águia é solta do alto
da montanha e precisa agarrar a pele
de uma raposa arrastada pelo cavalo
do caçador, que a espera lá embaixo, na
arena. Nas duas provas, o time vencedor
é o que for mais rápido.
Outro desafio é dominar a ansiedade
na hora de fotografar: “É essencial
observar o ambiente ao redor antes de
enquadrar. Se existir alguma interferência
no fundo, um passo para o lado pode
resolver. Também não precisa ‘metralhar’
toda cena que se vê. É fundamental ter
certo grau de exigência nos detalhes,
e isso é uma busca árdua, pois nem


sempre o conjunto está a seu favor: às
vezes o caçador está todo elegante para
a foto, mas a águia não quer colaborar. O
segredo é não ter pressa”, ensina.

Arquivo pessoal
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