34 Fotografe Melhor no 281
TECNOLOGIA
POR ANDRÉ FERREIRA
comédia Querida,
encolhi as crianças,
lançada no final da
década de 1980, narrava a história
de um cientista descuidado que
encolhia os filhos a um tamanho
menor que o de uma formiga. Na
mesma época, outro sucesso do
cinema que trabalhou com o tema
foi Viagem insólita, a busca de
diminuir homem e máquina para
viajar dentro do corpo humano. A
possibilidade de explorar o mundo
de maneira microscópica tem
sido tema recorrente na ficção,
mas pode saltar da imaginação
e virar realidade se depender do
trabalho dos cientistas do Centro
de Desenvolvimento de Materiais
Funcionais ( CDMF) da Universidade
Federal de São Carlos, a UFSCar.
Eles transformam em arte partículas
100 mil vezes menores que um
fio de cabelo com a técnica da
nanofotografia.
De uma forma simples,
pode-se definir nanotecnologia
como o termo utilizado para
descrever a criação, manipulação e
exploração de materiais com escala
nanométrica. Para se ter ideia, um
nanômetro (abreviado como nm)
é um metro dividido por um bilhão.
A espessura de uma folha de jornal,
por exemplo, tem cerca de 100 mil
nanômetros; já o DNA humano tem
apenas 2,5 nanômetros de diâmetro.
A nanofotografia é uma
manifestação transdisciplinar
que funde ciência, tecnologia e
linguagem fotográfica digital, o
que dá vida à nanoarte, expressão
artística recente. Na realidade,
são imagens de materiais em
nanoescala, ou seja, com dimensão
menor que 100 nanômetros, obtidas
por intermédio de microscópios
eletrônicos de altíssima precisão.
Cientistas da Universidade Federal de São Carlos captam imagens de partículas
100 mil vezes menores que um fio de cabelo e transformam em arte digital
A
Imagem Espirais,
representação
de partículas de
óxido de ferro em
escala molecular
Nanoarte,
fotografia do invisível
Imagens:
Rorivaldo Camargo/Ricardo Tranquilin