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tão bem-sucedido que não apenas
se tornou o substituto natural dos
veteranos 747-400 (e de toda a
família A340 e A330-300) como
canibalizou até mesmo o mercado
da sua versão menor, o 777-200.
Além disso, lançou a derradeira “pá
de cal” sobre os trimotores MD-11
no transporte de passageiros.
A AMEAÇA DO A350
Nos últimos anos, entretanto,
o desenvolvimento de novos
motores ainda mais eficientes
para os programas 787 Dreamli-
ner e A350 XWB ameaça colocar
em xeque essa supremacia dos
777-300ER. Em especial, no caso
do rival da Airbus: o widebody
europeu oferece capacidade e
alcance similares, aliados a um
motor que pode ser até 15% mais
econômico em determinadas
rotas. Na prática, o A350 XWB
foi projetado como uma aeronave
intermediária entre o 787 e o 777-
300ER. Ao ocupar o centro de
um espaço que a Boeing dispu-
tava com duas famílias, a Airbus
entrou novamente na briga pela
fatia mais rentável do mercado.
A resposta da Boeing foi pro-
jetar novas atualizações no 777,
para que pudesse competir com a
Airbus sem canibalizar o espaço
hoje ocupado pelo 787 Dreamli-
ner – um modelo que acumula
mais de 1.500 pedidos firmes.
Assim, o novo 777X foi apresen-
tado em duas versões. O Boeing
777-8 tem capacidade semelhante
à do 777-300ER (384 assentos em
duas classes), mas oferece como
diferencial um impressionante
alcance de 16.170 quilômetros
(8.730 milhas náuticas) – que lhe
permitirá voar entre praticamente
todas as grandes cidades do mun-
Em 25 de janeiro
deste ano, o
777-9 fez, com
sucesso, o seu
primeiro voo