68 | MAGAZINE^309Pontas de asa
dobráveis reduzem
a envergadura no
solo, liberando a
operação dos 777X
em aeroportos
Code E
a FAA: uma certificação que tem
dado margem a questionamentos.
Logo após assumir a presidên-
cia da Boeing, David Calhoun dis-
se que o processo de certificação
deve mudar para todos os novos
aviões, considerando a revisão dos
procedimentos envolvendo o 737
MAX. “O processo de certificação
é novo e será aplicado a todos os
próximos aviões, por isso temos
muito o que fazer em torno doprograma 777X, para garantir que
possamos cumprir uma revisão e
investigação realmente completas”,
afirmou Calhoun.ASAS DOBRÁVEIS
Percalços à parte, o programa 777X
inova ao incorporar uma série de
recursos e tecnologias inéditos
entre os “triplo sete”, alguns oriun-
dos do programa 787. O cockpit é
praticamente idêntico ao dos Drea-mliner, ampliando a comunalidade
entre as famílias. O mesmo vale
para as novas janelas da cabine de
passageiros, muito semelhantes.
Uma das maiores inovações
do 777-9, no entanto, são suas
asas. Construídas dentro de um
novo conceito aerodinâmico, elas
receberam longarinas de carbono,
que ampliaram sua resistência ao
mesmo tempo em que reduzi-
ram consideravelmente o peso.
Visualmente, chamam atenção
as pontas dobráveis, que têm por
objetivo diminuir a envergadura
nas operações em solo, que passa
de 71,7 para 64,8 metros.
A ideia não é nova. A Boeing
havia sugerido pontas de asas
dobráveis ainda na década de
1990, tanto para o 777-200 como
para a versão -300. Na época, não
houve interesse do mercado. A
adoção da solução no 777-9 se
deve à real necessidade de reduzir
a envergadura, mantendo o novo
avião dentro do chamado Code E
de aeroportos.
A Icao (International Civil
Aviation Organization) possui
um documento de referência de
aeroportos, que define em cincoESQUEMA DA ASA
DOBRÁVEL DO 777X
Linha de
dobradiçaAtuador elétrico
e travasMecanismos do
pino de travamentoUnidade de
controleAileronLeanding
Edge SlatRanked
Wing Tip3.6 m