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em Goiás, também vai rece-
ber um aeroporto executivo,
batizado Antares Aeródromo
Executivo, com previsão para
operar em 2020.
Esses são exemplos de
investimentos dedicados exclu-
sivamente a novos empreen-
dimentos, mas cabe destacar
também projetos de melhorias
em aeroportos e aeródromos
já existentes em várias regiões
do país, alguns recentemente
privatizados, a exemplo de
Jundiaí, Campinas, Bragança
Paulista, Itanhaém e Ubatuba,
sob responsabilidade do consór-
cio Voa-SP. Estamos assistindo a
modernizações nos terminais de
passageiros, adoção de aproxi-
mações por instrumento, insta-
lação de torre de controle (caso
de Sorocaba, em São Paulo),
entre outras benfeitorias.
COMBATE AO TACA
Outro fator que tem redefini-
do alguns padrões da aviação
executiva no Brasil e contri-
buído para melhoria do setor
é a intensificação do combate
às operações de Táxi-Aéreo
Clandestino, popularmente
conhecido como “TACA”, por
parte da Anac. Como resultado,
houve um aumento no número
de pedidos e homologações de
empresas de táxi-aéreo regu-
lares, o que tende a aumentar
a segurança da operação,
beneficiando os usuários desse
serviço.
VENDAS
Especulava-se que, com a mu-
dança da planta de fabricação
da Embraer para Melbourne, na
Flórida, Estados Unidos, haveria
uma diminuição nas vendas
de jatos de negócios da família
Phenom no Brasil, mas, como os
projetos já estão consolidados,
o Phenom 300, por exemplo,
já retomou as vendas por aqui,
foram sete entregas recentes e
seis reservas de marca regis-
tradas junto à Anac. O mesmo
cenário positivo se desenha com
a Textron, que tem emplacado
expressivas vendas, entregas e
reserva de marcas no Registro
Aeronáutico Brasileiro da Anac.
Como a indústria não
divulga as vendas até as entregas
acontecerem efetivamente,
em um trabalho de pesquisa e
consultas a fontes confiáveis do
mercado, que vão desde os pró-
prios adquirentes, operadores,
tradings, bancos, despachantes e
advogados, estima-se que devem
chegar ao Brasil no primeiro
semestre de 2020 perto de 60
aeronaves, entre novas e usadas,
de várias categorias e modelos,
incluindo aviões a pistão, turbo-
-hélices, jatos e helicópteros VIP.
Cabe um destaque especial
para as aquisições recentes de
posições de aeronaves de cabine
grande e ultralongo alcance,
como Falcon 8X, Global 6000
e Gulfstream G650, o que de-
monstra a confiança dos grandes
empresários na economia
brasileira, gerando demanda no
mercado doméstico de usados,
“descendo” em efeito cascata no
“trading” de aeronaves menores.
RITMO DE ACELERAÇÃO
Fatores externos, na maioria das
vezes incontroláveis, relacio-
nados a questões políticas e
econômicas locais e mundiais,
impactam nas atividades que
envolvem a aviação de negócios,
porém o empresariado brasileiro
tem mostrado otimismo e feito
movimentos que resultam em
um aquecimento no setor. Quan-
do se fala em empreender por
aqui, produzir, vender, exportar,
expandir sua rede, inaugurar lo-
jas, lançar nova marca, produto
ou serviço, inovar..., traçamos
um paralelo com aviação de
negócios, pois tudo fica mais
rápido e mais eficiente com um
avião ou helicóptero.
Há um forte consenso
entre proprietários, operado-
res e profissionais do setor da
aviação quanto aos indicadores
do mercado e a constatação de
que já saímos do modo avião, a
questão é o tempo de transição
para o modo acelerado, na dire-
ção certa para o crescimento da
aviação executiva em 2020.
* Avaliador certificado pela ASA
(American Society of Appraisers)
e pela USPAP (the Uniform Stan-
dards of Professional Appraisal
Practice - Normas de Padroni-
zação e Práticas de Avaliação
Profissional), Cássio Polli dirige a
Aérie Aviação Executiva, e acu-
mula mais de 16 anos dedicados
exclusivamente à atividade de
compra, venda, importação e ex-
portação de aeronaves executivas.
COM COMBATE AO TACA,
HOUVE UM AUMENTO NO
NÚMERO DE PEDIDOS
E HOMOLOGAÇÕES DE
TÁXIS-AÉREOS