VOO LIVRE REVISTA LITERÁRIA - Nº 26

(MARINA MARINO) #1

Crônica do Paulo


Vamos proclamar a república,
realizar eleições regulares e
incentivar novas fontes de renda e
produção!


Mastemgentequenãogostade
cores novas.Paranão dizerque não
falei das tais, podaram a árvore da
liberdade antes que surgissem as
flores.Aliberdademorreantesdedar


frutos. A vila poderia existir

sem precisar da corte

controladora. Sufocante.

Cerceadora.Vigilante.

Ainda deglutimos o processo
tardio e lentoda eterna vontade de
sermos livres. Uns menos e outros
mais.Muitomais.Quase semchance
de se autoproclamar, de saber, na
prática,oqueélivrearbítrio.


Aproveito o momento para
deixaroaviso.


Simplesedireto.Já!
As pessoas nascem com
necessidade de sair da zona de
conforto.


Quem se acomoda, murcha e
padece.


As revoltas espontâneas e a
desobediência civil praticada e
transcrita pelo pensador e escritor
norte-americanoH.D.Thoreauàbeira
do lago Walden, sempre existirão,
pois nos revoltamos desde o ventre
damãe.Onossoabrealasescancaraa
vontade de nascer, dar um basta a
lugares sedutores e descobrir o
mundosozinho.
“ Ascoisasnãomudam;nóséque
mudamos ”,dizThoreau.
Precisamos aprender com os
inconfidentesdavidaqueodesejode
se sentir bem faz parte da natureza
humana.
Usar uma calça velha,
desbotada, rasgada no joelho e de
qualquercor,éumadelícia.
Na propaganda da calça jeans
dosanos 70 ,omaquinistaviravapara
a trupe de jovens a esperar na
estação e salientava: não usa quem
nãoquer.
Que as asas da igualdade
perpetuemnossavoz.
Nossa,detodos,semdistinção.
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