Poesia
Masé precisotambémnão perdero
“fio” que costura o “meio” das
coisidadesimagéticas,aquelequenos
leva à “concha inicial”, que está
presente nas inúmeras casas que
habitamos. E como nos
movimentamos nestes espaços? E
“como habitamosnosso espaço vital
deacordocomtodasasdialéticasda
vida,comonosenraizamos,diaadia,
num“cantodomundo”(BACHELARD,
1978 : 200 )?
Aceitar o convite de sair,
enfrentarosmedosqueseamontoam
Do lado de fora (p. 34 ) – terceira
parte do Meio-Fio, Poemas de
Asfalto ,compostodequinzepoemas
- étambémmeexporàsintempéries
davida,ésentir-medesprotegida...É
veranaturezamorta,constatarqueo
espaçoépequeno, que agramaestá
seca,queolugarinvisibilizameuser,
que a tranquilidade do lar
aconchegantemeescapaportodosos
lados...ParaMaxPicard,“asruassão
como tubos onde são aspirados os
homens”(BACHELARD, 1978 : 215 ).O
lado de fora é um mar de mazelas,
onde o ruído polui o cosmos, não é
possível encontrar um lugar para
descansar,apenasdoucomumlugar
de invisibilidade que aliviará a
humanidade de enxergar as tristes
mazelasdomundo,eusouumadelas