VOO LIVRE REVISTA LITERÁRIA - Nº 26

(MARINA MARINO) #1

Poesia


E,finalmente,aquintaeúltima
parte, Poema-Fim. No poema
Fugitiva (p. 77 ),avozlíricaselança
em fuga de tudo aquilo “que é
supostamente familiar”. Quem nunca
tentou fuga parecida? Eu, muitas,
quasetodos os dias, eainda seique
pretenderei muitas outras mais,
futuramente:


Dosconflitosensaiados
Dodiálogoondenãotereiafala

Fujodorastrodesangue
Daviademãoúnica
Daneblina
Domirantedatempestade

Fujodoinstantedenãoadormecer
Daminhaobsessãoporvocê
Daspalavrasaltasquemesilenciam
Domeio-fio

FujoporquecarregoAQUELEmedo
Eosmeusdestinostodos
Ficaramnopassado

Eagora,Carlos?
Paraonde?

Fugitiva

Fujodoqueésupostamentefamiliar
Docheirodoquenãopossoter
Dainvasãodoseucorponomeu
Da disciplina escrita em folha
pautada

Fujodasabreviaçõesdasdireções
Domatoseco
Daclaridadequefechameusolhos
Datrêmulavelaacesadoaltar

Fujodaquasememóriadoabuso
Daleituradoseunomenaminhapele
Dotetorebaixado
Daaberturacondicionada

Fujodosambientesgelados
Dosomdoencontrodastaças
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