EElasseguem,aanciãElviraeajovemVirgínia,dialogandonoquartoescuroefecundo
doeuprofundosobreasironiasdavida,dasinadecartasmarcadas,desilêncios,da
sabedoriadeestarausenteeenxergar“portrásdasherasvenenosas”,dopoemaque
chega“feitometeorito”,demãossantasquecuramcombençãosdeamor,dosfalsos
amores queexercem ocontrole“emdoseshomeopáticas”quase imperceptíveis,de
“existências mambembes”, de feridas abertas “no tempo da madrugada”, de
resignação,do“ventoqueinvadeoquarto”numamanhecerqualquer,do“maioramor
domundo”,detudoedenada“antesqueohorizontesealongue”todosantodianas
contradiçõesdeuma“lucidezhistérica”.Entretanto,semesquecernuncaque“apoesia
éoviverdaprópriavida”apesardetodosos“nãos”davida.Entãoéisso:“deixe-me
sangrar/deixe-meser/eu/ameguiar.”
Parafinalizar,digoqueElviraVirgínia,deDaniEspíndola,éumvastomundoqueabriga
outrostantosmundos,equeaminhaleituraéapenasumagotanessevastooceanode
vivências,mastambémdigoqueháumaunanimidadeinquestionável:cadacantinho
dessestantosmundosestápreenchidocommuitoamor.Ocoraçãodessecorpo-livro
de essênciaprofundamente humanaacredita tambémque“o amorseráo remédio
maisvital/evocêseráomilagre”queprecisamosparafazeroprópriomundoflorescer
doeparaoamor.
@daniela_besp @martacortezaopoeta