(^144) Deus é Soberano
Reconhecer que as Sagradas Escrituras são uma revelação
outorgada pelo Deus Altíssimo, transmitindo-nos o propósito
e definindo a vontade dEle, é o passo inicial para se atingir a
piedade prática. Reconhecer que a Bíblia é a Palavra de Deus
e que seus preceitos são mandamentos do Altíssimo levar-nos-á
a perceber que coisa terrível é desprezá-los e desconsiderá-los.
Receber a Bíblia tal como nos foi dada pelo próprio Criador,
endereçada à nossa alma, nos levará a exclamar juntamente
com o salmista: “Inclina-me o coração aos teus testemunhos...
Firma os meus passos na tua palavra” (SI 119.36,133). Uma
vez visualizada a soberania do Autor da Palavra, não é mais
a questão de meramente selecionar dentre os preceitos e
estatutos da Palavra, escolhendo aqueles que recebem a nossa
aprovação pessoal; mas sim, perceber que à criatura convém
nada menos que a submissão incondicional, submissão de todo
o coração.
Qual deve ser a nossa atitude ante a soberania divina?
Respondemos ainda:
- Uma Atitude de Total Resignação
Um autêntico reconhecimento da soberania de Deus
excluirá toda a murmuração. Isso deveria ser óbvio; contudo,
tal pensamento merece ser considerado mais demoradamente
aqui. É natural nos queixarmos de aflições e perdas. É natural
que nos lamentemos, ao sermos privados de coisas às quais
nos temos apegado. Somos propensos a considerar que nossos
bens nos pertencem incondicionalmente. Sentimos que, uma
vez levados adiante os nossos planos, com prudência e
diligência, temos direito ao sucesso; que, se acumularmos
um patrimônio, através de árduos trabalhos, merecemos
conservá-lo e desfrutá-lo; que, se temos ao nosso redor uma
família feliz, nenhum poder tem o direito de penetrar esse
círculo encantado e abater a um ente querido. E se, em
qualquer desses casos, a decepção, a falência ou a morte