Nossa Atitude 151
espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e
também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai” (Jo
10.17,18).
E que diremos da total resignação do Filho à vontade
do Pai, senão que havia entre Eles um acordo total e ím
par? Cristo disse: “Porque eu desci do céu, não para fazer
a minha própria vontade, e, sim, a vontade daquele que me
enviou” (Jo 6.38). Todos aqueles que Lhe acompanharam
os passos, conforme o registro das Escrituras, sabem quão
perfeitamente Ele consubstanciou essa afirmativa. Ei-lo no
Getsêmani! O “cálice” amargo, na mão do Pai, é apresen
tado à sua vista. Note bem a atitude de Cristo. Aprenda
d Aquele que era manso e humilde de coração. Lembre-se
que ali, no jardim, vemos o Verbo que se fez carne — um
homem perfeito. Cada nervo do seu corpo tremia ante a
expectativa dos sofrimentos físicos que O aguardavam; sua
natureza santa e sensível se retraiu ante as horrendas ofensas
que seriam lançadas contra Ele; seu coração como que se
partiu diante da terrível “ignomínia” que viria em breve;
seu espírito se conturbou ao prever o terrível conflito contra
os poderes das trevas. E, acima de tudo, sua alma se encheu
de horror ante o pensamento de que seria separado do
próprio Pai. Assim, naquele local, Ele rendeu sua alma
diante do Pai, e, com forte clamor e lágrimas, derramou
grandes gotas de sangue. Observe agora e escute. Silencie
as batidas de seu coração a fim de ouvir melhor as palavras
que saem daqueles benditos lábios: “Pai, se queres, passa
de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade,
e, sim, a tua” (Lc 22.42). Eis aqui a submissão personifi
cada. Eis a resignação ao beneplácito do Deus soberano
exem plificada de maneira suprema. Jesus nos deixou
exemplo, a fim de que sigamos os seus passos. Ele, que é
Deus, Se fez homem e foi tentado em todas as coisas, tal
como nós — excetuando-se o pecado — para nos mostrar
como devemos viver com a nossa natureza de criaturas!
Perguntamos anteriormente: Que diremos da absoluta