pessoas ímpios, Ele também age da mesma forma sobre po
inteiros. Notável ilustração desse fato se acha em Êxodo 34,
— “Porque lançarei fora as nações de diante de ti, e alarg
o teu território; ninguém cobiçará a tua terra, quando subir
para comparecer na presença do Senhor teu Deus três vez
no ano”. Três vezes ao ano, cada varão israelita, segundo
mandamento divino, deixava o seu lar e sua propriedade 6
viajava a Jerusalém a fim de celebrar as festividades do Senhor.
E, no versículo citado, ficamos sabendo que Deus lhes deu a
promessa de que, enquanto estivessem em Jerusalém, Ele
guardaria seus desprotegidos lares, restringindo os desígnios
e desejos cobiçosos de seus vizinhos pagãos.
- As vezes, Deus exerce sobre os ímpios uma
influência abrandadora, pela qual os dispõe, contrariamente
às inclinações naturais deles, a fazer aquilo que promove a
causa divina.
Já aludimos anteriormente à história de José, como
ilustração da influência restringente operada por Deus sobre
os ímpios. Notemos agora as experiências de José no Egito,
como ilustração da afirmativa que Deus exerce uma influência
abrandadora sobre os maus. A narrativa sagrada afirma que
“o Senhor era com José”, enquanto este habitava na casa de
Potifar. Potifar viu que Deus era com José, e, con
seqüentemente, “logrou José mercê perante ele, a quem servia;
e ele o pôs por mordomo de sua casa, e lhe passou às mãos
tudo o que tinha” (Gn 39.3,4). Mais tarde, ao ser José injus
tamente lançado na prisão, diz-nos a narrativa que “o Senhor,
porém, era com José... e lhe deu mercê perante o carcereiro”
(Gn 39.21); em conseqüência, este muito o honrou e o tratou
com bondade. Finalmente, após José ser posto em liberdade,
ficamos sabendo, em Atos 7.10, que Deus lhe concedeu “graça
e sabedoria perante Faraó, rei do Egito, que o constituiu
governador daquela nação e de toda a casa real”.
Uma outra admirável evidência do poder de Deus em
enternecer o coração de seus inimigos se encontra no modo
como a filha de Faraó tratou o infante Moisés. O incidente é