A Deus agradeço isso,
Por tanta dedicação...
De firmar um compromisso,
Dando o dom da criação...
Deus em toda sua bondade,
Nos deu elas de presente...
Mas se Ele fez, algo melhor,
Podes crer...ficou pra gente.
Destino esse, impiedoso,
Contraditório e deprimente...
Quisera a vida malvada,
Transformá-lo em dormente...
Peso de cargas, aguentas,
Trens, pessoas, aço e terra...
Sofrimento que atormenta,
Ali, tua vida se encerra...
Teus irmãos de natureza,
Peroba, Ipê, Carvalho e Angelim,
Tiveram o mesmo destino...
E também o triste fim,
Apodrecendo sob trilhos...
Que te esmagam, sem perdão,
Mas tu, não fizeste nada...
Prátão grande punição,
Quando jovem, respiravas...
Vias o Sol, nascer tão lindo,
Mas sois hoje, só detritos...
Meu pobre, Jacarandá querido.
JACARANDÁ
Meu pé de Jacarandá,
Tão nobre madeira és...
Mas o destino traiçoeiro,
Não quis, te deixar em pé...
Sujeito às intempéries,
Chuva, frio e Sol a Pino...
Deitado em tua inércia,
Vives teu triste destino...