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Kelsey Castle
Summit Lake
15 de março de 2012
Dia 11
NO CAMINHO PARA AS MONTANHAS, O ANOITECER SE
APROXIMAVA, com o céu ficando azul-escuro sobre as montanhas e lançando
uma sombra azul-petróleo na estrada estreita.
— Eis a bifurcação de que ela falou — Rae afirmou.
— Muito bem. — Um mapa estava aberto sobre o colo de Kelsey, e seu dedo
marcava sua localização. — Mantenha-se à direita.
Rae conduziu o carro ao longo da estrada coberta com cascalho. O mato era
denso em ambos os lados, com quase nenhum espaço livre entre as folhas recém-
florescidas e as janelas do veículo. Ela passou a dirigir mais devagar, agora que a
estrada pavimentada fora deixada para trás e o cascalho era triturado sob os
pneus. Depois de quinze minutos, alcançou o cruzamento final.
— Escute de novo — Rae pediu —, para termos certeza de que pegamos o
caminho certo.
Kelsey apanhou o celular e pôs a mensagem para tocar mais uma vez. Era
uma voz feminina que orientava a respeito do caminho para a cabana que
estavam procurando:
— Vire à esquerda no cruzamento final e você chegará ao destino em dez
minutos.
Rae seguiu a orientação e, em instantes, elas avistaram uma cabana isolada ao
longe. Rae reduziu a velocidade ao chegar à frente da propriedade.
— Quem mora aí? — Kelsey quis saber.
— Ninguém. São cabanas de caçadores. Sem eletricidade, apenas geradores a
gás e banheiros externos — prosseguiu, parando o carro. — E agora?
Kelsey abriu a porta e desembarcou.
— Agora vamos falar com ele e ver o que sabe sobre Becca. E se ele pode nos
dar alguma informação a respeito do homem com quem ela se casou.