Aero Magazine - Edição 310 (2020-03)

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tendida (VFR ou IFR) de acordo
com o manual da aeronave ou a
legislação aplicável, bem como os
requeridos pela seção 91.205 do
RBHA.
Cabe lembrar, entretanto, que,
para muitas destas aeronaves, fo-
ram desenvolvidas MMELs pelos
fabricantes e elas são uma fonte
valiosa de consulta e ferramenta
de segurança de voo. Seu uso é al-
tamente recomendado para quem
voa na aviação geral. Elas podem
serobtidasgratuitamentenosite
daFAA,bastaentrarnaseçãoFSI-
MS, depois publicações e, enfim,
em um dos intens MMEL.
A MEL normalmente está
escrita em inglês e sua correta
interpretação é fundamental para
assegurar que a aeronave está
despachável. Um alto nível de
proficiência no idioma é essencial
para garantir que não haja erro
na aplicação de um determinado
procedimento. Muitas vezes você
terá de consultar a MEL/CDL em
um ambiente de pressão (tempo
curto, já com passageiros embar-
cados, necessidade de replanejar a
rota/alternado/combustível etc.) e
em tais circunstâncias um erro de
interpretação pode causar desde
uma multa por operação irregular
a um acidente fatal.
Esteja familiarizado com a
MEL de sua aeronave. Analise
cuidadosamente o item, peça a
opinião de outros membros de sua
tripulação e/ou equipe de manu-
tenção. Verifique as condições de
despacho e os impactos na opera-
ção, na performance de decolagem/
pouso e autonomia. Como piloto
em comando, você tem total auto-
ridade para recusar uma aeronave
que, no seu julgamento, não esteja
em condições adequadas para uma
determinada missão.

conveniência para os passageiros,
tais como luzes de leitura, sistemas
de entretenimento, itens de galley/
lavatórios, decoração/acabamento
do interior da aeronave, placares,
entre outros. Tais itens não são
considerados NO-GO, e fica a
cargo do operador definir um
intervalo de reparo aceitável.

AVIAÇÃO GERAL
O desenvolvimento e uso de
uma MEL são obrigatórios para
os operadores de aeronaves sob
o RBAC 121, 125, 135 e 129. Ope-
radores de aeronaves sob o RBHA
91 estão dispensados do uso de
uma MEL caso operem aerona-
ves de asa fixa ou rotativa com
motores convencionais pesando
menos de 5.700 quilos ou, ainda,
aeronaves de categoria primária,
planadores e mais leves que o
ar, desde que a aeronave tenha
todos os sistemas/instrumentos
requeridos para a operação pre-

Entretanto, caso a tripula-
ção possa verificar que a
V2 seja maior do que 1.16
da velocidade de estol na
configuração de decolagem,
a penalidade de 2600 quilos
no peso de decolagem não
se aplica. As outras limita-
ções permanecem.
Já a NEF especifica
quais equipamentos e
acessórios são considerados
“não essenciais”, ou seja, sua
ausência ou inoperância
não têm qualquer efeito
na operação segura da
aeronave. Incluem itens de

Itens de conveniência para os
passageiros são considerados
“não essenciais” e não impedem
a operação dos aparelhos
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