CHARLOTTE

(Casulo21 Produções) #1

desesperada pelo ar, puxamos pela boca a maior quandade possível do alimento
oxigênio.
Esse suspiro de sasfação e alívio era o que realmente importava. A
velocidade da entrada do ar nos pulmões e consequentemente a ida dele para a
corrente sanguínea causam um impacto no processo de oxigenação do cérebro. O
fenômeno ocorrido chama-se mielinização, e dele depende toda sistemazação
do conhecimento humano. Baseia-se numa comunicação entre as células
nervosas, que só é permida graças à presença da mielina, uma espécie de
condutor elétrico, que se encontra ao redor de cada neurônio.
A formação da mielina se dá pela soma de fatores internos e externos. Os
internos dependem da constuição orgânica do indivíduo que, no caso dos
gêmeos, como no dos portadores de síndrome de Down, é deficitária. Já os
externos necessitam de esmulos percebidos através dos cinco sendos e das
experiências motoras, como alimentação correta e trocas afevas. Assim, quando
a criança tem carência na estrutura interna, a esmulação, como a feita com o uso
da máscara, adquire maior importância.
Já o esmulo obdo com a padronização acontece pela repeção dos
movimentos sicos. A ideia é ensinar ao cérebro a melhor maneira de comandar o
corpo. No caso dos gêmeos, para que um dia caminhem perfeitamente, o
exercício é feito dez vezes por dia, seguidos do uso da máscara, do rastejo, do
braqueador e da apresentação de categorias de palavras.
Logo que o ar voltou aos pulmões de Lucas e Gabriel, uma das professoras,
munida com pequenos cartazes, iniciava a leitura das palavras escritas em cada
um deles. A atenção das crianças fica totalmente voltada para a cena composta
pela exposição da palavra escrita e sua leitura, feita com veemência, quase aos
gritos.

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