Mas, não se está falando aqui de um livro-reportagem, de jornalismo? -
alguém deve perguntar. Que tem a ver com repórteres e reportagens histórias
para crianças e para adultos que guardam a meninice dentro de si?
É de jornalismo que se está falando sim. De jornalismo mesmo, aquele que
contando histórias também tem o poder de transfigurar o co diano, chamando a
angús a pelos seus nomes, desnudando a face secreta dos acontecimentos,
revelando através da narra va da trajetória de vidas singulares o des no comum
da humanidade.
É de jornalismo de verdade que se está falando. Aquele jornalismo que
Marcos Faerman, um repórter, definia tão simplesmente como "a paixão pelo
mundo e suas estranhezas". Do que se está falando aqui é de jornalismo e da
única coisa que interessa a ele: a libertação da palavra para narrar “o ser humano
sufocado na sua vontade de ser”, para contar a aventura da vida, a história dos
tempos.
E essa pulsação apaixonada alimenta o jornalismo que vibra no texto da
repórter Lieza. Menina ar sta, que tem a ousadia de "tecer" jornalismo criando
uma delicada trama com a mais absoluta realidade, sem embaralhar fios, sem
inventar cores inexistentes nem mis ficar enredos. Os personagens aos quais seu
texto dá vida através da palavra são gente que vive aqui, neste mundo, e que o
jornalismo de mercado despreza. Não interessam à cobertura ar ficial da história
oficial.
Essa menina repórter teve a coragem de deixar seu corpo ser possuído pela
palavra mágica, aquela que caminha e é capaz de transformar coisas rastejantes
em seres alados, que voam sobre vales desconhecidos descobrindo trilhas
aventureiras de novos mundos sonhados.
casulo21 produções
(Casulo21 Produções)
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