Revista Agilize

(Gabriel AmorimjpWIKH) #1

O caminho até a habilidade de
manusear lápis e caneta


É sob essa perspectiva que o centro
Wandete de Castro oferece atendi-
mentos específicos para estimular o
desenvolvimento e habilidades de
indivíduos com Autismo e Deficiências
Intelectuais. Podem se matricular na
instituição crianças entre 3 e 10 anos,
que permanecerão no Programa de
Autismo até os 14. Esse setor oferece
atividades integradas envolvendo mú-
sica, arte, educação física adaptada e
Brinquedoteca. A partir dos 14, esses
alunos, além pessoas de todas as faixas
etárias com deficiência intelectual ou
deficiência intelectual, podem receber
atendimento. O espaço recebe alunos de
toda Alagoas, inclusive de municípios do
interior do estado, que muitas vezes são
afastados destes projetos.


A coordenadora explicou como estimu-
lar habilidade essencial no âmbito escolar



  • tal como segurar lápis e caneta - pode
    demandar um longo processo de dedi-
    cação dos professores junto aos alunos
    com deficiências.
    “Eu tenho que trabalhar antes, o que
    antecede o pegar a caneta. Eu tô vendo
    o resultado na descarga, quando ele puxa
    com força, ele quebra. É por que ele
    quer? Não é, é a coordenação motora.
    Então eu vou trabalhar com pinças,
    sementes, uma série de coisas que
    antecedem pegar o lápis”, diz Solange.


Por isso que você não sabia da
existência desse Centro

A era da democratização da informação
não encerrou os desafios relacionados ao
acesso à educação, ainda menos à educação
inclusiva e educação especial. Segundo a
coordenadora Solange, há inúmeras
matrículas indeferidas pela dificuldade em
manter contato com os responsáveis que a
solicitaram, pois o processo acontece
exclusivamente por e-mail e a divulgação
da abertura do período letivo acontece
somente através da página do centro no
Facebook, que tem apenas 317 curtidas.
Alguns contatos não respondem os e-mails
mandados pelo centro para correção de
dados, outros não disponibilizam número
de telefone.

Além disso, a existência do lugar não é
conhecida por muitos. Não há divulgação
no Instagram, uma rede social muito mais
popular. A instituição também não possui
um departamento para promover questões
de Comunicação e Assessoria de Imprensa.

A fachada do prédio é um símbolo da
invisibilização da instituição: não há
identificação em seus muros ou portaria.
Quem passa na rua provavelmente não
perceberá que há alí um centro estadual
que promove educação especial - o prédio,
na verdade se confunde com outra
instituição, a UNEAL (Universidade
Estadual de Alagoas), - parecem uma
construção única.
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