empresa para trabalhar em um
projeto ambicioso, que tinha co-
mo premissa uma trupe de circo
que rodava o país. Apesar de al-
gumas questões contrárias de
Luiz, Lucy enxergou um futuro
promissor no projeto. O resul-
tado: Bye Bye Brasil ganhou vida
e concorreu até ao Palma de
Ouro de Cannes, um dos maio-
res festivais de cinema do
mundo.
43 anos depois, o telefone da
LC Barreto voltou a tocar e a si-
nérgica parceria com o cineasta
Cacá Diegues aconteceu mais
uma vez para o derivado Deus
Ainda É Brasileiro. Aposentados,
Luiz e Lucy Barreto passaram o
bastão Paula Barreto, a filha, que
agora assume o barco da
produtora.
"Venho trabalhando com
Cacá nessa desde as reuniões do
roteiro e ele é muito disposto a
aceitar ideias, esbanjando
jovialidade na criação, um pouco
como o papai, que está com 94
anos", diz Paula.
A escolha de Cacá Diegues
em rodar seu 20º filme em sua
terra natal não é somente para
festejar sua carreira. Deus Ainda
É Brasileiro irá celebrar o espí-
rito de Alagoas e criar espaço
para os alagoanos que traba-
lham com o audiovisual e não
possuem oportunidades de a-
dentrar em grandes produções
nacionais, já que a representati-
vidade alagoana nos cinemas
fica restrita às belezas naturais,
quase sempre, de Piranhas,
cidade do interior alagoano.
Bye Bye Brasil. Foto: Divulgação
EQUIPE DE PRODUÇÃO. Foto: Gabriel Moreira
A expectativa é que Deus
Ainda É Brasileiro repita o su-
cesso do primeiro filme para
que o estado de Alagoas possa
ser celebrado nacionalmente,
assim como o Ceará foi com o
Cine Holliúdy (2012). "O nosso
compromisso é deixar um lega-
do aqui, usando uma equipe
majoritariamente local. Natu-
ralmente vai concorrer a prê-
mios e participar de festivais
internacionais, já que leva a
assinatura do monstro do ci-
nema nacional Cacá Diegues.
Na trama, Deus está zangado
com os rumos da humanidade
e decide causar um novo exter-
mínio mundial com um mete-
oro, assim como ocorreu com
os dinossauros.
Por enquanto, Deus Ainda É
Brasileiro não tem data para
chegar aos cinemas.
Alagoas no foco