Afinal você sabe que me deixaste com os teus amigos, irônico não é Murray. -
Me apaixonei por você! -Contempla se unindo ao meu corpo.
Eu estremeço completamente, seu dedo desliza para trás da minha orelha
com fios de meus cabelos, meu corpo parece receber uma reação diferente,
meu coração pulsa, meu olhar se prende no seu, e pela primeira vez eu noto
algo que não seja sarcasmo. -Por favor vem comigo!
-Tenho muito que estudar!
-Então leve consigo. -Apontou com o olhar para os meus cadernos. -Para
onde? -Pergunto e ele sorri convencido. -Pegue um casaco. -Saio pela janela
e eu peguei um casaco e calcei, peguei meu caderno e olhei para distância.
-Não é tão distante!
-Talvez porque você tenha possivelmente 1,90 e eu 1,66. -Ele se aproxima e
entende os braços, sento na janela e ele segura a minha cintura e me levanta
eu pouso seu olhar encontra o meu, seus olhos estão menos azulados,
parecem diferentes e ele pisca inúmeras vezes, cortando a troca de olhares e
eu coro. -Vamos?
Assinto e fomos até seu carro, Jeep commander preto bem a cara dele, subo
e ele sobe acende um maço de cigarro segurando entre dois dedos acelera
para estrada, a sua mão com o cigarro pousada levemente no volante. -
Acontece sempre isso?
-O quê?
-A sua Tia. -E eu assinto olhando para estrada. -Não vi você na Faculdade.
-Mentiroso. -Sussurro e ele baixa o vidro.
-O quê?
-Mais eu vi você. -Respondo tirando o olhar da janela. -Seus amigos são. ...-
Intensos. -Terminou e eu sorri, olhei para a agenda encima do porta-luvas,
prestes a abrir ele puxou de minhas mãos. -Não é importante!
-Okay. -Respondi e ele estacionou. -Não demoro. -Desceu do carro deixando
a agenda e eu olhei e revirei o olhar e ele entrou pela porta de ferro, é um
bairro com paredes grafitadas e homens fumando nos cantos, ele entra, e eu
tento cantarolar mas meu som se coagula dentro de meu corpo, sai depressa
e acelera para estrada. -Casa de um amigo?
-O quê?
-Onde...-Não!. -Interrompeu apagando o maço de cigarro estacionou. -Comer
no carro ou na pizzaria?