O Estado de São Paulo (2020-04-08)

(Antfer) #1
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Publicação da S/A O Estado de S.Paulo

Conteúdo produzido pelo Media Lab com seleção

Jornal do Carro de reportagens publicadas pelo

análise dos Detrans levou A


SETE QUESITOSem conta


Parceria entre o Observatório Nacional de Segurança Viária e a Universidade Federal


do Paraná revela o que está bom e o que precisa melhorar em todos os Detrans do País


C


ompartilho com os leitores do

Es- do Mobilidade, caderno

um estudo inédito inti- tadão,

tulado ‘Avaliação do Nível de Infor-

mações Disponibilizadas nos Portais

dos Detrans – os Departamentos Es-

taduais de Trânsito’. Esse trabalho foi

realizado durante 2019 em parceria

com a Universidade Federal do Para-

ná (UFPR), que há mais de cinco anos

nos dá suporte às pesquisas origina-

das no Observatório.

O estudo teve como foco as infor-

mações disponibilizadas pelos De-

partamentos Estaduais de Trânsito

ciais (Detrans) nos portais e sites ofi

de cada órgão correspondente a cada

uma das 27 Unidades Federativas.

Para quem ainda não conhece direi-

to para que servem os Detrans, explico

que esses órgãos realizam vários servi-

ços à população, que geram um grande

número de informações relevantes para

a gestão do trânsito no País.

Muitas delas, inclusive, têm grande

utilidade para avaliações no âmbito

da segurança viária, tais como a quan-

tidade de infrações de trânsito (quan-

tas e quais), o número de acidentes

de trânsito (onde e como acontece-

ram), a habilitação (o perfi l de cada

habilitado e em qual categoria), entre

outros inúmeros serviços. Com tudo

isso, fica evidente que as atividades

dos Detrans vão muito além do que

meramente um trabalho cartorial.

Os Detrans também têm por obri-

gação divulgar os serviços prestados

nos canais oficiais de cada órgão.

Porém, isso nem sempre acontece.

Nossa intenção com esse estudo foi

‘observar’ o que cada Detran divulga

efetivamente para a sociedade diante

do que prevê a legislação.

METODOLOGIA DE TRABALHO

Para dar andamento ao trabalho, foi

nir metodologia preciso primeiro defi

para que o estudo pudesse ter o aval

acadêmico. Assim, consultamos vários

países para trazer o que realmente se

faz lá fora e, com competência, indicar

o que devemos melhorar por aqui.

Para isso, escolhemos sete quesitos

a serem analisados, entre outros dados

disponíveis nos portais dos Detrans

Frota de veículos •

Condutores habilitados •

CFC (Centro de Formação de •

Condutores)

Infrações •

Educação para o trânsito •

Acidentes de trânsito •

Atendimento ao público •

Depois, para avaliar as informações

disponíveis, criamos três critérios

Melhor prática: ganhou nota 3 •

Prática intermediária: nota 2 •

Prática inicial: nota 1 •

Portais que não apresentaram o

dado pesquisado receberam a nota 0.

Antes mesmo de iniciar o estudo,

nosso entendimento era conseguir

com que as informações dos Detrans

efetivamente fossem disponibilizadas

à sociedade de forma objetiva, pe-

riódica e transparente. Dessa forma,

comuniquei pessoalmente a Larissa

Abdalla, presidente da Associação

Nacional dos Detrans (AND), sobre

pron- a realização desse estudo, que

tamente entendeu nossa intenção e se

EMBAIXADOR DA MOBILIDADE


São Paulo,

8 de abril

de 2020

2


colocou à disposição, nos auxiliando


  • em vários aspectos até chegar à defi


nição dos quesitos e a forma de pon-

tuação. Em seguida, comunicamos

também a todos os diretores dos De-

trans de cada Unidade da Federação.

Importante salientar que, mesmo

não sendo imaginado um cenário

como o que vivenciamos hoje, em que

o isolamento social é a nossa maior

prevenção ao vírus que assola o mun-

do todo, esse estudo reforça a impor-

tância de termos uma comunicação

mais abrangente, sobretudo com o

serviço público prestado por inúme-

ros órgãos de todos os governos.

Diante dessa nova realidade, o estu-

do realizado pelo Observatório é uma

ferramenta valiosa para que cidadãos

de todas as partes, idades e classes so-

ciais possam ter conhecimento de tudo

o que o órgão público oferece.

OS RESULTADOS DO ESTUDO

Com tudo isso definido, a equipe de

pesquisadores da UFPR e do Obser-

vatório se debruçou sobre os dados e

sobre as informações disponíveis.

Como se pode observar no mapa

acima, os Detrans do Paraná e do Rio

Grande do Sul obtiveram a melhor

média encontrada em todo o País: 7,7

nos sete quesitos analisados, dispo-

nibilizando as informações de forma

clara, concisa e também com o maior

número de dados. Em terceiro lugar,

caram os Detrans de São Paulo e Ser-fi

gipe, igualmente, com a média de 7,6.

Já os Detrans que receberam as

menores médias, pois oferecem pou-

ca informação nos portais, foram:

Amazonas, com a média de 2,4; Acre,

cada com com 2,3; e a Bahia foi classifi

a média de 0,5.

Há dois anos, fizemos um levanta-

mento similar a esse, não nos preocu-

pando em classificar as informações

encontradas. Podemos afirmar que o

ranking de informações disponibiliza-

das era totalmente diferente dos resulta-

dos encontrados agora. Se realizarmos

a mesma pesquisa daqui a dois anos,

certamente o resultado será diferente.

O alerta que precisamos fazer aqui

é de que, por serem os Detrans órgãos

vinculados aos governos de cada esta-

do, eles estão sujeitos às mudanças qua-

drienais que acontecem a cada eleição.

Ou seja, caso mude o partido que vem

governando aquele estado, provavel-

mente mudarão também as diretrizes.

cam ‘à deriva’ E, com isso, os Detrans fi

sobre as estratégias de atuação.

REGRAS PRECISAM SER CUMPRIDAS

Ou seja, independentemente do que

diz o Código de Trânsito Brasileiro

(CTB), não há continuidade nas boas

medidas adotadas. O que é necessário

exigir é que seja cumprido o que de-

termina a lei, independentemente de

partido, de política partidária ou mes-

mo de descontinuidade do governo.

Os Detrans precisam ser respeitados

como o que são efetivamente: órgãos

executivos de trânsito que fazem com

que as regras e leis sejam cumpridas.

Muito mais importante do que

termos um ranking de melhores e

piores portais é termos identifica-

do, por meio de uma metodologia

ca, as boas práticas de muitos científi

Detrans e, a partir de agora, os resul-

tados demonstram como é possível

informar a sociedade.

Nossa intenção foi pesquisar esse

universo de informações e, com ele

em mãos, poder ajudar não só a so-

ciedade a conhecer o trabalho exe-

cutado pelos Detrans mas principal-

mente divulgar as boas iniciativas e,

cá-las País afora. quem sabe?, unifi

Observatório Nacional de Segurança O

foi fundado em 2010 com a Viária

ambiciosa pretensão de “desenvolver

e compartilhar conhecimentos técnicos

uenciar e comportamentais para infl

políticas públicas e sociais, por

meio de alianças estratégicas, ações

m contínuas, estudos e pesquisas, a fi

de contribuir para a construção de um

trânsito mais seguro no Brasil”.

Para saber mais, acesse:

http://www.onsv.org.br

Para ler e

compartilhar

esta matéria no

digital, acesse:

Entendo que deveríamos, de uma

maneira sistêmica e contínua, ter o

mesmo conteúdo de informações

oferecido aos cidadãos de todos os

estados da federação, tornando a dis-

ponibilidade desses conteúdos uma

política de Estado e não de governo,

sobretudo neste momento em que

grande parte da população está impe-

dida de se relacionar presencialmente

com os representantes dos Detrans,

destacando o valor de ter acesso às

informações e aos serviços por meio

dos portais digitais.

m, o que desejamos é uma mo-Por fi

bilidade humana, segura e sustentável.

José Aurelio Ramalho

é diretor-presidente do

Observatório Nacional

de Segurança Viária e

criador do Movimento

Maio Amarelo e, a partir

deste mês, é também

Embaixador

da Mobilidade

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Para chegar aos resultados fi nais, os pesquisadores

da UFPR e do Observatório analisaram sete quesitos,

entre outros dados disponíveis nos portais dos Detrans

Frota de veículos•


Condutores habilitados•


CFC (Centro de Formação de Condutores) •


Infrações •


Educação para o trânsito•


Acidentes de trânsito •


o ao públicto endimenAt •


“A escolha de quais itens


e como os avaliaríamos


foi complexa e criteriosa”


Foto: Divulgação


Carteiras

Nacionais de

Habilitação:

73.844.088


Frota nacional

de veículos:

104.784.375


Fontes: Denatran/

Observatório. Dados:

dez./2019

AM

2,4

4,3

2,6

2,3

7,1

5,6

6,2

7,4
5,4

7,6

5,6

6,8

5,8

0,5

2,9

4

2,9

4,8

6 7,

7,7

7,7

AC

RO

RR

PA

AP

MT

TO

MA

PI

CE

RN

PB

PE

AL

SE

BA

MG

DF

GO

MS

SP

PR

SC

RS

RJ

ES

Melhor prática Prática intermediáriaPrática inicial

Paraná e Rio Grande

do Sul obtiveram as

melhores notas do País

O estado

com a menor

nota foi a

Bahia, que

não divulga

a maior

parte dos

seus números

y/2V8VC4q eto: https://bit.l Para acessar o estudo compl

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