O encantamento pela beleza da vida fica evidente na sua fala entusiasmada. A menina, nascida e
criada em terras gaúchas, despertou o encontro da alegria com a Ciência. Na graduação em Enfermagem
e Obstetrícia feita na Universidade Federal do Rio Grande (FURG) arrebatou-se pela área de Bioquímica e
viu-se professora. Envolta em poesia, percebeu rima entre profissão e paixão.
Mais tarde, com o mestrado e o doutorado em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS), novas estrofes de conhecimento foram escritas, e desponta assim a cientista dedicada.
É admiradora animada da perfeição da natureza, das reações químicas e das descobertas. Com tanto
entusiasmo, vieram as satisfações e os prêmios, como sua posse como membro titular da Academia
Brasileira de Ciências e da Academia Mundial de Ciências e o prêmio Cientista do Ano do Instituto
Norte-americano International Achievements Research Center, em 2020. Sua pesquisa aborda doenças
neurometabólicas e neurodegenerativas com foco na neuroproteção.
A imagem da cientista fechada, que pouco se comunica, envolta em excentricidades, não lhe é
atribuída. Por isso, a sala de aula abriu-se como espaço de escuta e troca. É neurocientista e professora
titular de Bioquímica na UFRGS e desenvolve um projeto de difusão da ciência para crianças de escolas
públicas de Porto Alegre, com o objetivo de incentivar o gosto pelo estudo, pela ciência e pela saúde.
Inspirada e inspiradora, lançou o livro NeuroPoesia, em que revela o amor pelas palavras e pela Ciência.
Angela Terezinha de Souza Wyse