A ciência abraça a filosofia em sua rotina de pesquisas. A cientista enfatiza sempre o valor de saber
fazer as perguntas certas, pois elas levarão às respostas mais significativas.
Graduada em Física na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC) e com doutorado na
mesma área pela University of California, Berkeley, nos Estados Unidos, ela entende que a capacidade de
saber questionar é o ponto central para enxergar novas rotas ou novos caminhos. Os questionamentos
propiciam a busca pelo saber e pelo entendimento profundo das coisas do mundo.
“Formular uma boa pergunta é geralmente mais difícil do que achar a resposta”, diz com a convicção
de quem já muito vivenciou na prática essa reflexão. Característica dos curiosos, a arte de perguntar está
vinculada ao progresso científico, abrindo novos caminhos para a compreensão de antigas questões, para
descobertas e para a formulação de novos desafios.
Entre perguntas e respostas, a professora titular e ex-diretora do Instituto de Física da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) dedica-se à pesquisa teórica em Física da Matéria Condensada. Recebeu
os graus de comendadora e de grã-cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, o Prêmio Para Mulheres
na Ciência da L’Oréal-Unesco e é membro titular da Academia Brasileira de Ciências, da Fundação
Memorial Guggenheim e da Academia Mundial de Ciências.
Em plena atividade, quando está com seu neto renova o espírito de interrogar, tão elementar na
infância. Recarrega os afetos, segue perguntando.
Belita Koiller