prisão de alma 1
esta nova casa
que construo tão devagar
são muros são flores
paredes e chão
que lavo todos
os dias
esta casa que construo
para a deixar
eu que aí sou raiz
sou pedra e cal
e também a cobertura
umas vezes o seu berço
outras/sua sepultura
com lágrimas a lavo
com a minha dança a refresco
com o meu fogo eu aqueço
da minha dor esse aperto
eu colho a vida/seiva e alimento