profissional. “No dia que conclui
o curso, na minha última prova,
pedi a exoneração do cargo. Nes-
te tempo, apareceu uma drogaria
em Lucélia para comprar. Era para
ficar sozinha cuidando da farmá-
cia, mas como tinha pouco tempo
de formada, fiquei com receio,
já que experiência adquirimos
com tempo de trabalho. Assim,
minha filha Aline Fernanda, que
também se formou, foi comandar
o estabelecimento em Piquerobi
e o Etore, me ajudou no novo
negócio”.
Ela conta que por ser mais
experiente, acredita que assimi-
lava melhor o conteúdo. “Depois
de formado é totalmente dife-
rente. Tem que prestar atenção,
trabalhar com muito medo, não
podemos errar. Estamos mexen-
do com a vida de pessoas, não
podemos colocar em risco. Neste
momento associamos que o con-
teúdo repassado pelo professor
significa algo, uma experiência
além da teoria. Às vezes, por isso,
por ser mais madura na época
da faculdade, entendia, fui bem
porque sabia que aquilo tinha
um significado e que, às vezes,
uma pessoa mais nova não dava
tanto valor, não tem maturidade
para discernir”.
Regina afirma que o conteúdo
adquirido na época da faculdade
foi um dos fatores determinantes
para o sucesso na profissão. “Até
hoje, muitas coisas que os profes-
sores falavam encaixam no dia a
dia, em um atendimento, em uma
venda. Nossa função é orientar,
até mesmo ver se o remédio que
o médico transcreveu está de
acordo com a bula. Então, a maior
dificuldade é você não saber.
Tenho muito que aprender ainda,
mas graças à Deus aprendi neste
tempo de experiência”.
Para ela, ninguém sai total-
mente preparado da faculdade,
mas é o primeiro passo para
transformar o futuro. “Muitas
vezes, você vai ‘levando’ sem
entender o que o professor
explica, faz uma prova e mal
lembra o que ele disse. Acerta e
pronto. Mas, realmente o que o
professor explicou é o que dará
embazamento para o cotidiano”.
Anos depois, a primeira far-
mácia foi vendida para a am-
pliação da farmácia de Lucélia,
quando a família se uniu ainda
mais - mãe e filhos. “Se for uma
família unida como a minha,
dará tudo certo”.
Em toda a história de vida, o
mais gratificante para Regina é
ver a felicidade dos filhos e ne-
tos. “Sempre incentivei e peguei
no pé, no bom sentido, para que
estudassem. Apesar de, logo
que me formei no ensino médio
ter parado de estudar, sabia que
a educação é que dá suporte
para transformações. Por isso,
me dediquei para que fizes-
sem faculdade e, tive a chance
também de concluir uma gra-
duação. Minha vida e da minha
família mudaram, graças a uma
oportunidade aproveitada sem
medo. Apesar dos obstáculos,
podemos dizer que vencemos,
graças à Deus”.