REVISTA VOX - 7ª Edição

(VOX) #1

Tupã foram colhidas 801.825 sacas (25
kg) de amendoim, produzidos numa
área de 6.966 hectares. Os principais
municípios produtores são Tupã, Iacri
e Herculândia. Os números são do
Instituto de Economia Agrícola (IEA)
do Estado de São Paulo.
No primeiro semestre de 2015
a cidade exportou o volume de US$
14,5 milhões. Segundo o Secretário
Municipal de Desenvolvimento Econô-
mico de Tupã, Clóvis Saito, o montante
representa um aumento de cerca de
128% em relação ao mesmo período
do ano passado, quando o município
havia exportado a quantia de US$ 6,3
milhões.
O produto tupãense mais vendido
para o exterior, entre os meses de janei-
ro a junho deste ano, foi o amendoim
“não torrado”, que rendeu US$ 7,3
milhões (50,36% das exportações).
Em segundo lugar nas exportações
ficaram as carnes suínas (frescas, re-
frigeradas e congeladas), com US$ 6,5
milhões (45,34% do total exportado).
Em seguida, óleo de amendoim refi-
nado (1,64%), tortas e outros resíduos
sólidos do amendoim (1,09%) e miu-
dezas comestíveis de suínos (0,74%).
Quanto às exportações, os prin-
cipais países para onde os produtos
tupãenses foram vendidos, nos cinco
primeiros meses do ano foram: Rússia,
Argélia, Reino Unido, Espanha e Esta-
dos Unidos.
Além de ter forte atuação no mer-
cado externo, no ramo alimentício,
Tupã é destaque nacional no segmento
fotográfico. A cidade conta hoje com
255 empresas (indústria, comércio e
serviço) ligadas ao setor da fotografia,
atendendo todo o mercado nacional.
As maiores empresas do segmento
são voltadas para atender eventos e
formaturas. Estima-se que esse seg-
mento é responsável pela geração de
4 mil empregos diretos.


Potencial regional
Mesmo com todo esse universo
de possibilidades econômicas e de
mercado, a região pouco conhece ou
reconhece seu potencial, cuja articu-
lação, nesse sentido, depende funda-
mentalmente dos dirigentes públicos.
Segundo o Secretário Municipal de
Desenvolvimento Econômico de Tupã,
Clóvis Saito, um aspecto central, e


ainda deficiente, é a informação.
Ele explica que a apuração de
indicadores locais depende funda-
mentalmente de órgãos oficiais como
o IBGE, por exemplo. E não há ferra-
mentas próprias, nos municípios, para
a mensuração do cenário, bem como a
eventual resistência de determinados
segmentos da atividade econômica em
partilharem essas informações.
Saito destaca também, como
negativo, a não realização de eventos
destinados ao fomento da economia
da região, e atribui parte dessa respon-
sabilidade ao governo estadual, “que
pouco oferece aos municípios essas
informações, mormente, com relação
a um planejamento para o desenvolvi-
mento regional”, disse.
Segundo o Secretário, o governo
do Estado de São Paulo tem alguns
programas que visam o planejamento
para o desenvolvimento econômico

dos municípios, mas não de forma
regional, entre os quais o Investe São
Paulo e Desenvolve São Paulo. “Esses
mesmos programas são utilizados nos
grandes centros, como as regiões de
Campinas, Sorocaba e Ribeirão Preto,
enquanto na nossa região não há um
trabalho nesse sentido, de estudo,
planejamento e de identificação de
potencialidades e vocação dos muni-
cípios”, completa.
Um dos caminhos seria a adoção,
em âmbito regional, do que é definido
como Arranjo Produtivo Local (APL),
que se caracteriza por um aglomerado
significativo de empreendimentos em
determinado território e indivíduos
que atuam em torno de uma ativi-
dade produtiva predominante, que
compartilham formas percebidas de
cooperação e algum mecanismo de
governança, podendo incluir peque-
nas, médias e grandes empresas.

Para o secretário de desenvolvimento de Tupã,


Clóvis Saito, barreiras e resistência quanto ao


partilhar informações, e falta de ações estraté-


gicas integradas, são entraves para um maior


desenvolvimento e visibilidade da região

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